Verdades sobre o casamento. [Tony Casanova]


Até as décadas de 80 e 90 tudo ia muito bem com o matrimônio, apesar de já se perceber sinais de que haviam mudanças nos hábitos e que no futuro as coisas poderiam ser diferentes, mas nada que acentuasse a dimensão destas mudanças. A partir da década de 90 estas mudanças começaram a acontecer, lógico que esta cronologia não é exata, fatos isolados já ocorriam em outras épocas e que poderiam ser vistos como prenúncio do que estaria por vir. Ao analisarmos a situação da Instituição Matrimônio, esta que já foi publicada declarada “falida”, é preciso observarmos não só os prismas coletivos, mas também os individuais, afinal o casamento é constituído à dois, ou pelo menos era há alguns atrás. O esfarelamento de um casamento pode ser visto de várias formas, mas como de costume, usarei uma ilustração hipotética para dar ao leitor uma ideia de como acontece.
Supondo que você construiu uma casa. Fez uma base forte com alicerces seguros, usou material de primeira e ergueu a construção em solo firme. Conseguiu uma excelente e confortável morada e passou a habitá-la. Ao longo dos anos você deixou de fazer a manutenção da casa e aquele material de primeira começou a deteriorar, só que convenientemente você não substituiu os tijolos que dissolviam, apenas pôs mais uma camada de massa sobre eles e continuou a habitar a casa. Os tijolos continuaram a dissolver e contaminavam os outros que estavam próximos, em seguida o telhado envelheceu, o reboco começou a ceder, mas você convenientemente apenas via o problema e fazia promessas de providenciar os reparos. Sabia que seria um sacrifício providenciar a manutenção, gastaria horrores e perderia tempo. “Haviam outras prioridades”.
Ora, o matrimônio é continuação da vida, não mais a sós, mas tendo-a dividida com outro e muitas vezes com os filhos, que fazem parte direta da relação. Muitas vezes em uma relação somos bons demais em querer, mas péssimos em retribuir. Levamos a vida dentro da conveniência esquecendo que precisamos repor aquilo que se deteriora, que se dissolve ao longo dos anos. Evitamos fazer sacrifícios em função desta manutenção e apenas observamos a nossa construção ruir. Dentro de uma matrimônio é preciso ser solícito, agir em consenso e com muita coerência. Não é o nosso casamento, ele é do outro também. Não é a nossa vida apenas, mas também a do outro. Não é somente o que queremos, mas também o que o outro quer. Por vezes nosso egoísmo afunda por completo a nossa casa e nem nos damos conta porque estamos envoltos em conveniências.
O casamento é uma instituição basicamente de fé e o primeiro sinal da sua ruína é a perca deste crédito. Acreditarmos que casamos para ser felizes é esquecer que temos também a incumbência de tornar o outro feliz também. Obviamente se deixamos de abastecer o outro com o que antes oferecíamos, um dia também deixaremos de ter o que dele tínhamos e assim selamos o fim do compromisso firmado. Todas as conquistas de uma relação outrora próspera irão precisar de renovação, mas jamais virão novas conquistas se não renovarmos a relação que vivemos. Manutenção não é algo que seja esporádico, mas é permanente, contínuo e se não houver preocupações com ela, certamente em breve teremos ruínas em lugar de habitação. O casamento pode sim ser uma Instituição falida, como dizem muitos, mas ela é falida para aqueles que são incompetentes na sua administração. Para os egoístas que vivem em função da conveniência e que pensam em seus próprios interesses como prioridade. Não quero com esta afirmativa dizer que acredito no casamento como indissolúvel, jamais. Cito a incompetência para os casos daqueles que já contraem um matrimônio pensando na possibilidade da separação, naqueles que não enxergam nada mais além de si mesmos numa relação a dois e nos que colocam seus interesses à frente de qualquer outro. É possível estar bem casado sim, desde que se esteja preparado para olhar além do próprio umbigo e fazer pequenos esforços para promover a manutenção do matrimônio. No mais, sem este preparo, melhor é permanecer solteiro e curtir a vida sozinho.

Texto do Escritor brasileiro Tony Casanova – Direitos Autorais reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer espécie ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele, sem autorização expressa do autor sob pena de infração ás Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual. O uso da presente obra sem respeito aos créditos devidos ao autor incorrem em Crime de Plágio.
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Truths about marriage. [Tony Casanova]

Until the 80's and 90 everything was fine with the marriage, although already seeing signs that had changes in habits and that in the future things could be different, but nothing to accentuate the extent of these changes. From the 90's these changes began to happen, logical that this chronology is not exact, isolated facts already occurred at other times and that could be seen as foreshadowing of what was to come. When analyzing the situation of the institution marriage, this once published declared "bankrupt", you need to look at not only the collective prisms, but also the individual, after marriage consists of two, or at least it was a few ago. The crumbling of a marriage can be seen in many ways, but as usual, I will use a hypothetical illustration to give the reader an idea of ​​what happens.
   Assuming you built a house. Made a strong base with secure foundations, used first material and erected the building on solid ground. Got a great comfortable house and started to inhabit it. Over the years you have left to do the maintenance of the house and that the first material began to deteriorate, only you do not conveniently replaced the bricks dissolved, just put another layer of dough on them and continued to inhabit the house. The bricks continued to dissolve and contaminated the others who were near, then aged the roof, the plaster began to give way, but you conveniently just saw the problem and made promises to provide the repairs. Knew it would be a sacrifice to provide maintenance, spend horrors and waste time. "There were other priorities."
   However, marriage is continuation of life, no longer alone, but having split with another and often with their children, that directly part of the relationship. Often in a relationship are too good to want, but lousy in return. It took convenience in life forgetting what we need to restore deteriorates, which dissolves over the years. Avoid making sacrifices this function in maintenance and just watch our building collapse. Within a marriage you have to be willing to act in consensus and with great consistency. It is not our marriage, it is the other also. It is not our only life, but also to the other. Not only what we want, but also what the other wants. Sometimes our selfishness sinks completely our home and we are not aware because we are steeped in conveniences.
    Marriage is an institution basically of faith and the first sign of their destruction is the loss of this credit. We believe that to be happy is married forget that we also have the responsibility to make each other happy too. Obviously if we fail to supply the other with what we offered before, the day also will no longer have what it had and so we sealed the end of the signed commitment. All the achievements of a once prosperous relationship will need renovation, but will never come new achievements to not renew the relationship which we live. Maintenance is not something that is sporadic, but is permanent, continuous and there are no concerns with her, surely we will soon have ruins in dwelling place. Marriage can be rather a bankrupt institution, as many say, but it was bankrupt for those who are incompetent in their administration. For selfish living due to the convenience and who think of their own interests as a priority. I do not want this statement to say that I believe in marriage as indissoluble, ever. I quote incompetence in cases of those who have contracted a marriage thinking about the possibility of separation, those who do not see nothing but themselves in relation to two and that put their interests ahead of any other. You can be happily married yes, provided you are prepared to look beyond the navel and make small efforts to promote the maintenance of marriage. In more without this preparation, best is to stay single and enjoy life alone.

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Verdades sobre el matrimonio. [A Tony Casanova]

Hasta que de los 80 y 90 todo estaba bien con el matrimonio, aunque ya a ver señales que tenían cambios en los hábitos y que en el futuro las cosas podrían ser diferentes, pero nada para acentuar la magnitud de estos cambios. Desde los años 90 estos cambios comenzaron a ocurrir, lógico que esta cronología no es exacta, hechos aislados ya ocurrieron en otras ocasiones y que podrían ser vistas como presagio de lo que vendría. Al analizar la situación de la institución del matrimonio, esta vez publicado declaró "en bancarrota", usted necesita mirar no sólo los prismas colectivos, sino también a la persona, después del matrimonio se compone de dos, o al menos lo era hace unos pocos. El derrumbe de un matrimonio se puede ver en muchos aspectos, pero como de costumbre, voy a utilizar un ejemplo hipotético para dar al lector una idea de lo que sucede.
   Suponiendo que construyó una casa. Hecho una fuerte base con bases seguras, utilizado por primera vez el material y erigió el edificio en tierra firme. Conseguí una gran casa cómoda y empezó a habitarla. A través de los años que han dejado de hacer el mantenimiento de la casa y que el primer material comenzó a deteriorarse, sólo usted no sustituido convenientemente los ladrillos deshechos, sólo hay que poner otra capa de masa sobre ellos y continuaron a habitar la casa. Los ladrillos continuaron disolver y contaminan los otros que estaban cerca, que entonces tenía el techo, el yeso comenzó a ceder, pero a tan sólo vio el problema e hizo promesas para proporcionar las reparaciones. Sabíamos que iba a ser un sacrificio para proporcionar mantenimiento, pasar horrores y perder el tiempo. "Había otras prioridades".
   Sin embargo, el matrimonio es la continuación de la vida, ya no está solo, sino que haya dividido con otro y, a menudo con sus hijos, que parte directamente de la relación. A menudo, en una relación son demasiado bueno querer, pero pésimo a cambio. Tomó la comodidad en la vida olvidando lo que necesitamos para restaurar deteriora, que se disuelve en los últimos años. Evite hacer sacrificios esta función en el mantenimiento y simplemente ver nuestra derrumbe de un edificio. Dentro de un matrimonio que tiene que estar dispuesto a actuar en consenso y con gran consistencia. No es nuestro matrimonio, es también la otra. No es nuestra única vida, sino también a la otra. No sólo lo que queremos, sino lo que el otro quiere. A veces nuestro egoísmo se hunde por completo nuestra casa y nosotros no somos conscientes porque estamos inmersos en conveniencias.
    El matrimonio es una institución básicamente de la fe y la primera señal de su destrucción es la pérdida de este crédito. Creemos que para ser feliz se casamos olvidar que también tenemos la responsabilidad de hacer que el otro sea feliz también. Obviamente, si no somos capaces de suministrar el otro con lo que hemos ofrecido antes, el día también dejará de tener lo que tenía y lo que selló el final del compromiso firmado. Todos los logros de una relación una vez próspera necesitarán reformas, pero nunca llegarán nuevos logros de no renovar la relación que vivimos. El mantenimiento no es algo que es esporádica, pero es permanente, continua y no hay preocupaciones con ella, seguramente pronto tendremos ruinas en lugar de morada. El matrimonio puede ser más bien una institución en quiebra, como muchos dicen, pero estaba en bancarrota para aquellos que son incompetentes en su administración. Para una vida egoísta debido a la conveniencia y que piensen en sus propios intereses como una prioridad. No quiero que esta declaración para decir que creo en el matrimonio como indisoluble, nunca. Cito incompetencia en los casos de los que han contraído un matrimonio pensando en la posibilidad de la separación, los que no ven nada más que a sí mismos en relación con los dos y que ponen sus intereses por encima de cualquier otro. Puede estar casado felizmente sí, siempre y cuando esté dispuesto a mirar más allá del ombligo y hacer pequeños esfuerzos para promover el mantenimiento del matrimonio. En más sin esta preparación, mejor es quedarse sola y disfrutar de la vida solo.

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As dores de quem parte no parto. [Tony Casanova]


Filha, não foi teu parto minha maior dor,
Esta, posso te garantir, não doeu quase nada
Me doeu foi não ter mais o teu amor,
E a tua partida inesperada.

Em teu quarto, enquanto olho tua cama vazia,
Ainda te vejo dormindo, sonhando e sorrindo,
Visão que tenho todos os dias,
Como se não tivesse te visto partindo.

A saudade é incessante, dolorosa, cruel,
E me consola saber que Deus te recebeu
E que estás bem acolhida ai no céu
Mas meu coração não te esqueceu.

Hoje, me sinto vazia, sem um pedaço de mim
Você sempre foi o orgulho da família,
Um exemplo de mãe e de mulher,
Um amor chamado filha.

Quis o destino interferir entre nós
E num golpe cruel te tirou de mim,
Me senti sem pernas, sem chão, sem voz
Me senti sem sem sentir a mim.

Hoje me vem lembranças e lágrimas de dor
Saudades que não consigo controlar,
Uma carência do teu abraço, do teu amor,
Algo que só o tempo irá amenizar.

Deixou-me Deus uma neta, um pequeno norte
Um fruto bonito do teu maravilhoso ventre
Linda, saudável, inteligente e forte
A tua pequena grande semente.

Um fruto que te custou a vida, onde apenas uma viveria
Em um parto de vida ou morte, um duelo com a sorte.
A morte ficou contigo querida, tua morte trouxe uma vida
A netinha que eu queria.

Esta obra está baseada em fatos reais, onde a personagem cujo nome foi preservado, faleceu durante um parto complicado, mas conseguiu dar a luz a uma linda menina. A narrativa foi feita pela mãe da personagem que solicitou a preservação dos nomes e relatando os fatos com riquezas de detalhes para que este texto fosse produzido.

Texto do Escritor brasileiro Tony Casanova – Direitos Autorais reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer espécie ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele, sem autorização expressa do autor sob pena de infração ás Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual. O uso da presente obra sem respeito aos créditos devidos ao autor incorrem em Crime de Plágio.


Cidadania - Defina-se: Útil, inútil ou nocivo. [Tony Casanova]


Em sucessivas matérias venho falando de comportamento humano, da complexidade da sua natureza e da diversidade dos seus sentimentos. Hoje eu gostaria de falar da Existência Humana e sua Utilidade. Aqui temos como Existência o período a que chamamos de Vida, compreendido desde que o indivíduo nasce até a sua morte. O que chamo de utilidade é o conjunto de ações desenvolvidas ao longo da existência humana. É óbvio que não estamos isolados no mundo e que existem opções que podem definir o que socialmente representamos nele. Nossas atitudes revelarão se somos úteis, inúteis ou socialmente nocivos. Vamos então a algumas classificações importantes da utilidade:

Utilidade Familiar. Cada indivíduo é oriundo de uma família e nela desenvolve ações que podem ou não beneficiá-la. Distinguimos família porque é o conjunto de indivíduos formados a partir da mesma genealogia, assim pertencem a um meio comum. Cada membro deve procurar desenvolver suas ações visando o benefício de todos e desta forma comprovar sua utilidade dentro do grupo.
Utilidade Cidadã. Neste caso a utilidade já não se restringe apenas ao meio familiar, mas vários grupos familiares que compõe um grupo social, ou seja, a sociedade. Esta sociedade pode vir a ser os moradores da sua rua, do seu bairro, sua cidade ou País. Enquanto cidadãos devemos ser úteis à sociedade preservando e garantindo sua manutenção sem prejuízos através de ações éticas e morais.
Utilidade Universal. Reconhecidamente todo Ser Humano já nasce na condição de Cidadão do Mundo, este planeta chamado Terra e que nos acolhe desde nosso nascimento. Independente da Nacionalidade, todos somos cidadãos de uma enorme sociedade composta por todos os indivíduos de todas as famílias existente no planeta. Cabe a cada um de nós zelarmos pela Pátria Maior e seus moradores, cumprindo nossos Deveres e Obrigações e respeitando os Direitos de cada um.

Não acredito que haja sensação pior para um ser humano que a inutilidade. Mas pior que ser um cidadão inútil é ser um cidadão nocivo. Há sempre algo que podemos fazer pela nossa família, pelos vizinhos, pelos colegas, pelo mundo. Durante o percurso da vida buscamos capacitação e muitas vezes esta capacitação visa somente o interesse da nossa própria manutenção, mas existe um mundo lá fora, além dos muros da nossa casa que precisa de pessoas úteis e capacitadas para fazer algo por ele. Há também ações práticas e cidadãs como exercitar bons hábitos a exemplo da separação e reciclagem do lixo doméstico, a economia e reaproveitamento de água, a prática de acondicionar lixo nos locais corretos sem dispensá-lo nas ruas, o uso econômico da energia elétrica, o respeito ao período de descanso evitando a utilização de equipamento sonoro em volume acima do permitido e que possa causar desconforto aos demais, enfim uma vastidão enorme de práticas que garantem a todos uma convivência pacífica e respeitosa, assegurando benefícios para todos.
Por vezes somos tomados por um egoísmo infundado e nos tornamos inúteis socialmente, mas isto não quer dizer que não possamos retomar nossas ações e nos tornarmos úteis. Tudo depende das escolhas que fizermos e das atitudes que tomarmos, assim virão os resultados das nossas práticas. Todos temos um papel social a cumprir e nos isentarmos dele além de não ajudar em nada, pode trazer sérias consequências para todos. Não nascemos apenas para usufruir, para ter e consumir, mas para zelar, manter e preservar.

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Nuances da natureza humana. [Tony Casanova]


Entre todas as espécies animais, o Homem é sem sombra de dúvidas, aquele que esconde mais mistérios e complexidades na sua natureza. Devido a sua racionalidade, o Ser Humano é provido de uma série de sentimentos que produzem a maravilhosa dinâmica da sua vida. Nesta matéria eu gostaria de analisar com você algumas destas “sensações” que experimentamos e que nos diferencia uns dos outros. Em volume de proporções, cada um sente em maior ou menor grau, mas todos sentem a presença destes “temperos” que dão um sabor todo especial ao Homo Sapiens. Vamos conhecer alguns destes sentidos;

Sensibilidade. É a capacidade especial que temos para percebermos variações de estado nas emoções, no humor ou a presença de tensão na recepção de outros ou em nós mesmos. É a ação de especial de sentir. Vamos a um exemplo muito hipotético para ilustrar a sensibilidade. Imaginemos que você ao lado de uma fogueira em uma noite fria. Estando perto dela você sentirá seu calor, ouvirá o crepitar das chamas na madeira, observará o brilho amarelado do fogo, sentirá o cheiro da fumaça, enfim ainda que fechasse os olhos você sentiria pelo calor e o estalar da madeira, que ali há fogo. Podemos demonstrar isto como sensibilidade. Se você afastar-se da fogueira passará a sentir o frio, ou seja a ausência de calor e com isto concluirá que está distante do fogo ou mesmo que ele não exista. Cada pessoa desenvolve uma maior ou menor sensibilidade de acordo com a situação e algo importante é percebermos que existe uma enorme diferença entre ser e estar sensível. Ser sensível é uma condição própria que está presente no ser humano e faz parte da sua vida. Estar sensível representa um estado momentâneo e passageiro que surgiu devido a uma determinada situação.
Maturidade. É o nível atribuído ao discernimento sobre nossas atitudes de acordo com aquilo que aprendemos com as experiências e observância da vida. É um termo que pode ser comparado a “Idade do Juízo” onde pesam as decisões sensatas e coerentes, que podem ser classificadas de “Ações Maduras”. Apesar da comparação com a idade do juízo, a maturidade nada tem a ver com o tempo vivido pelo indivíduo e sim com a sua capacidade de absorver aprendizado através de experiências e observações. Um jovem pode possuir ações mais maduras que alguém com idade superior a sua, algo que desobriga ou cria a regra de que quanto mais velho, mas maduro. São as atitudes, as escolhas e a forma de vida que determinam o grau de maturidade de alguém.
Fragilidade. Eis uma virtude que difere muito de Sensibilidade. Não é a fragilidade que nos fragiliza, pelo contrário. Fragilidade é fraqueza, algo que nos desmotiva de prosseguir nos objetivos. Em geral é comum confundirmos Sensibilidade com fragilidade, mas ser sensível não é ser fraco, apenas possuir a capacidade mais aguçada para sentir. Da mesma forma não se deve confundir humildade com fraqueza.

Providos destas virtudes, sabendo utilizá-las, o homem cria seu diferencial e obtém melhores resultados nas suas ações. Ter sensibilidade parece algo ligado ao sofrimento, mas não é. Ser sensíveis nos oferece a oportunidade de exercitarmos o altruísmo, a empatia e a valorizarmos além de nós mesmos, também aos outros. A maturidade nos serve como divisor de águas na tomada de decisões e no acerto das escolhas. Ela representa a sabedoria adquirida e quando posta em prática permite ao indivíduo discernir sobre todas as situações. De maneira errônea imaginamos que a sensibilidade nos torne chorões, frágeis, mas é ai onde nos equivocamos.

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Bom senso - A melhor atitude. [Tony Casanova]


Uma das palavras que mais ouço meu pai pronunciar é “Bom senso”, coincidentemente também era uma palavra muito utilizada por dona Mira, minha mãe. Cresci ouvindo repetidas vezes esta palavra e sem tomar noção do significado, apenas ia ouvindo, sem atentar muito ao que ouvia. Ao rebuscar a palavra no dicionário encontrei: - Bom senso = Capacidade de pensamentos e escolhas sensatas, inteligentes e cautelosas, ou seja equilíbrio nas decisões e julgamentos em cada situação que se apresenta. Uma pessoa que pratica bom senso evita decisões erradas, consegue com justiça o entendimento das questões e torna inócua as razões de contendas. Não se discute a eficácia deste uso e eu logicamente, após tomar conhecimento da importância não só da palavra, mas do seu uso prático na vida, passei a adotá-la como meta.
Nem sempre é fácil manter o bom senso, mas todo esforço torna mais valiosa a conquista, por isso me imbui em praticar à exaustão esta sábia palavrinha. Deparei-me com situações difíceis, por vezes tão difíceis que a solução me parecia impossível, mas não há impossibilidades para quem tem objetivos, consegui à dura penas contornar várias situações iminentes de contendas graças ao bom senso. Porém, alguns sentimentos humanos tornam esta prática indigesta porque ela bate de frente com eles e muitas vezes o bom senso nos obriga a “engolir” muita coisa que não aceitamos de bom grado, mas certamente o resultado faz valer a pena qualquer renúncia. A formação dos sentimentos humano é muito complexa e inclui não somente inclinações para o bem, mas também para o mal e é exatamente neste caso que entra o poderoso bom senso para nos dar discernimento, nos trazer uma luz sobre a melhor decisão a ser tomada.
É engano imaginarmos alguém que nunca nos magoe, nos faça sofrer ou nos provoque dor. Para muitos estar diante de algo que não lhes faça bem é uma ótima razão para ser sensato, mas a verdade é que nem todos pensam da mesma forma. Em tempos muito distantes do Século XXI havia uma prática comum entre os humanos da época: Matou, morre. Bateu, apanha. Feriu, será ferido. Era a chamada Lei do Dente-por-dente e Olho-por-olho onde se cultivava a vingança como forma de ressarcir sofrimentos, mas quem imagina que esta prática é algo do passado, engana-se e muito. Em nosso século muitas pessoas vivem a guardar mágoas, ressentimentos e dores e as repassam tão logo seja possível, ainda que não seja a vítima o autor das feridas. Não importa para quem deseja vingança, qualquer um pode tornar-se vítima, seja culpado ou não.
Não é de se estranhar que feridas não cicatrizadas, dores não esquecidas e mágoas guardadas possam transformar-se em doença e levar os indivíduos contaminados a uma perseguição incessantes de novas vítimas para saciar a sede crescente de vingança. Nestes casos o bom senso seria ótimo bálsamo para curar estes males. Ele atua em qualquer caso e aplica-se a qualquer situação, seja ela de estresse, de rancores, mágoas ou decepções e até mesmo ódio. O bom senso nos leva a refletir sobre nós mesmos, sobre nossas decisões e suas consequências, seus reflexos sobre nós. A paz é fruto direto desta nobre atitude. Ser sensato é produzir reflexos de sabedoria, agir em função do conjunto e não apenas em benefício próprio. O egoísmo é uma porta cerrada para o bom senso e enquanto ele existir, jamais teremos sensatez. Viveremos como se tivéssemos uma venda nos olhos, envoltos em um mar de escuridão onde só enxergamos a nós mesmos e por mais que exista o outro, jamais iremos conseguir vê-lo.
Todos nós temos coisas boas e ruins e cabe-nos decidir o que iremos apresentar. Provar nossa capacidade de sermos maus não acrescentará novidade alguma, não surpreenderá ninguém e só servirá para deixar marcas negativas sobre nós. Inevitavelmente sempre deslizaremos e cometeremos algo desagradável, mas o bom senso nos guiará para corrigir os erros e nos colocar de volta no caminho correto.

Texto do Escritor brasileiro Tony Casanova – Direitos Autorais reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer espécie ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele, sem autorização expressa do autor sob pena de infração ás Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual. O uso da presente obra sem respeito aos créditos devidos ao autor incorrem em Crime de Plágio.

Um amor de verão. [Tony Casanova]


Aquele domingo tinha tudo para ser mais um dia de verão na pequena capital sergipana chamada Aracaju. Naquele dia Regi acordou cedinho, disposto a ir à praia de Atalaia, considerada uma das mais lindas orlas do Nordeste brasileiro. Tomou um banho, pôs a roupa de banho e comeu sua primeira alimentação do dia. Adorava ir à praia, gostava de sentir o vento fresco, o barulho das ondas e até mesmo o burburinho das pessoas no local. Ele procurava chegar cedo, assim ficava contemplando a beleza da paisagem. Como era bonita a longa avenida com seus quiosques padronizados, pés de coqueiros e grama. As pontes e os lagos deram um toque maravilhoso, um ar Europeu, mas lindo mesmo era ver a edificação do Oceanário com sua forma de tartaruga marinha que só podia ser vislumbrada do alto.
Para uma capital pequena, Aracaju era bem servida de hotéis e pousadas, o que atraia muitos turistas e fazia fervilhar a praia nos dias quentes de verão. Regi via muitos banhistas se refrescando à sombra dos enormes e coloridos sombreiros colocados à margem do mar, bem nas areias fofinhas que abrigavam os quiosques. Consumiam água de coco, cerveja, refrigerantes e iguarias vendidas por ambulantes ou mesmo adquiridas nos pequenos bares. Ouvia aquele misturado de vozes em meio ao som dos rádios que tocavam variados tipos de músicas. Crianças brincavam, garotas desfilavam seus biquínis coloridos, homens conversavam, aquilo era a Orla de Atalaia que Regi adorava.
Chegou à Orla e como sempre dirigiu-se ao mesmo quiosque, onde já conhecia o dono, Galego, um cara muito gente boa e cujo atendimento lhe dava destaque entre os comerciantes locais. Após um cumprimento, logo começaram a conversar sobre as novidades. Regi pediu uma mesa e Galego o levou até uma que disse com um sorrisinho de malícia,ser privilegiada. Ele entendeu porque e agradeceu pedindo uma cerveja gelada. A bebida chegou e ele trancou-se em pensamentos enquanto limpava com o dedo as gotículas d'água que escorria nas paredes do copo. Pensava e olhava em volta, contemplava aquela beleza natural e parava no mar imenso, se perdendo no horizonte como se não tivesse fim. Começou a imaginar se seria capaz de adivinhar onde estavam localizados cada cidade, cada País ali no final daquele gigante de águas. De repente seus pensamentos foram interrompidos:
Oi, bom dia. O senhor tem um isqueiro para emprestar?
Você fuma? Perguntou Regi para a mocinha que interrompera seus pensamentos.
Não. Minha irmã, é que fuma e me pediu que viesse pedir seu isqueiro emprestado.
Tudo bem. Disse isso e ficou observando a moça se afastando até uma mesa próxima onde estavam mais duas garotas. Ele não pode deixar de perceber que aquele corpo pequeno era bem delineado e que a moça era muito bonita.

Voltou aos seus pensamentos e divagou por alguns minutos quando novamente a moça lhe surgiu como se saísse do nada. Com um sorriso cativante, pediu-lhe mais uma vez o isqueiro. Lá se foi enquanto Regi a observava. Notou que as moças estavam sozinhas e que conversavam alegremente, fato que lhe agradou, mas não iria “convidar-se” a estar com elas, afinal elas só queriam o isqueiro. De volta aos pensamentos, ele aproveitou para pedir outra cerveja e passada meia-hora já havia viajado em divagações por todos os Continentes possíveis. Quando pediu a terceira cerveja, eis que surgiu mais uma vez a garota do isqueiro. Ao se aproximar ele disse:
Já sei, o isqueiro!
Como adivinhou? Disse isso enquanto sorríamos.
Sabe, você já veio tanto aqui e eu nem sei o seu nome. O meu é Regi.
Pode me chamar de Mel. Um prazer viu Regi e obrigado pela paciência de emprestar o isqueiro a toda hora. Fico com vergonha de vir pedir.
Poxa, Mel. Ainda bem que não sou diabético! Não precisa ficar envergonhada, serviu para que pudéssemos nos conhecer e eu estou feliz por isto.
Minha irmã mandou perguntar se você quer vir para a mesa dela.
Claro, se não for incômodo eu vou sim.

Chegando à mesa Mel o apresentou à sua irmã e a amiga dela. A conversa prosseguiu entre risos e brincadeiras. Pouco depois Regi descobriu que aquela menina-moça chamada Mel tinha 17 anos e que algumas horas depois ela viria a ser a sua namorada. Incentivados pela irmã, eles se descobriram em meio as alegrias e risos fáceis que um conseguia extrair do outro. Não foi difícil apaixonarem-se e fazer a alegria de todos à mesa. De volta, Regi conduziu as moças para casa e fora apresentado aos pais dela já como namorado. Aquele domingo lhe proporcionara não apenas um amor de verão, mas lembranças que jamais serão apagadas pelas marcas que deixaram.

A presente obra está baseada em fatos reais obtidos a partir da narrativa dos próprios personagens que gentilmente autorizaram a publicação. Os nomes foram substituídos à pedido dos narradores, mas os locais e os fatos foram preservados.

Texto do Escritor brasileiro Tony Casanova – Direitos Autorais reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer espécie ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele, sem autorização expressa do autor sob pena de infração ás Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual. O uso da presente obra sem respeito aos créditos devidos ao autor incorrem em Crime de Plágio.

Gatos - Os cuidados que devemos ter. [Tony Casanova]


Eles são mimosos e muito carinhosos, possuem um olhar cativante e uma maneira peculiar de “pedir” aquilo que desejam, por isso os felinos são os animais mais adotados por crianças e adultos em todo mundo. Há quem prefira os selvagens como os leões, tigres e até panteras, mas são os gatos, estes fofos animais domésticos que são campeões de adoção pelos humanos. Se fossemos nos espelhar nos gatos aprenderíamos muito com eles, com sua manha, seu jeitinho de conquistar e agradar quando querem alguma coisa.
Divertidos e brincalhões, estes animais quando em fase jovem são capazes de muitas peraltices para nos chamar a atenção, semelhantes a crianças quando ganham brinquedo novo. Que gatinho recusa uma brincadeira com um novelo de lã? Ou uma bolinha de papel? Eles adoram! Gostam de rasgar coisas, saltitar pela casa, correr atrás de nada e esconder-se em cantinho escuros. Quem pretende criar gatos deve saber de algumas peculiaridades destes bichos, principalmente na fragilidade que eles apresentam. Abaixo vou citar alguns riscos que podem afetar os nossos amiguinhos:

Verminoses – Comum entre os gatos, é preciso acompanhar através de exames veterinários, como anda a saúde intestinal do gatinho para evitar que ele contraia alguns tipos de verminoses. Em geral pensamos em gatos e associamos sua alimentação ao leite, mas é ai onde precisamos ter cuidado, afinal o leite estraga facilmente e a sobra que já foi intensamente lambida pelo bichano e esteve em contato com sua saliva e o ar com seus agentes externos, podem infectar o leite com bactérias nocivas ao organismo do animal e por isso deve ser jogado fora e a vasilha bem lavada para que possa ser reutilizada. O ideal é por leite fresco em pequena quantidade e assim que o animal acabar de alimentar-se, jogar a sobra e lavar a vasilha. Outra forma de contaminação dos gatos é o contato com fezes que são deixadas em vasilhas com areia ou naquele cantinho que o bicho faz as necessidades. É importante limparmos e desinfetarmos o local onde ficaram depositadas as fezes e urina para evitar não só o contato do animal, mas também dos seres humanos, já que as fezes e a urina são perigosas também para nós.
Toda alimentação dada ao gato deve ser fresca, evitando-se dar sobras que ficaram guardadas após uma alimentação. Devemos ter cuidado ao oferecemos aos gatos sobras de alimentos para humanos como peixes e carnes. Estes alimentos podem dificultar a digestão do animal e além disso machucar sua boca com espinhas e pequenos pedaços de ossos. Os animais possuem um intestino apropriado para digerir alimentos crús, com gorduras naturais e ausência de químicos como conservantes e aromatizantes, presentes na maioria dos alimentos que ingerimos. Melhor comprar uma alimento apropriado para ele onde a quantidade de nutrientes, a textura e quantidade de gordura sejam dosadas exatamente para o seu intestino. Qualquer alimento que você oferecer o gatinho irá comer, mas nem tudo devemos dar a ele para comer. Melhor gastar com ração do que com consulta ao veterinário.
Uma questão que aflige quem adotou uma gatinha é a procriação , já que após entrarem no cio, estas pequenas criaturas não param de parir. Com um pouco de sorte serão seis novos gatinhos por gestação, mas com muita sorte e dependendo do porte da gata, serão oito lindos gatinhos a miar, urinar, fazer caca e rasgar tudo dentro de casa. Para evitar isto os veterinários utilizam uma injeção que impede a gatinha de procriar, dai ela pode namorar à vontade que não aumenta sua geração e os problemas oriundos das suas crias. Levar os animais para o veterinário pelo menos duas vezes por ano é essencial para fazer exames periódicos e vacinar os animal com vermicidas, vitaminas e outros medicamentos que irão garantir a sua saúde. No mais....miauuuuuuuuuuuu!

Texto do Escritor brasileiro Tony Casanova – Direitos Autorais reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer espécie ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele, sem autorização expressa do autor sob pena de infração ás Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual. O uso da presente obra sem respeito aos créditos devidos ao autor incorrem em Crime de Plágio.

A influência do progresso na vida infantil. [Tony Casanova]


Quando lembro da década de 70 me vem à mente as crianças brincando. Como tudo era tão diferente, desde a maneira como se educava as crianças até os brinquedos que elas utilizavam. As ruas tinham menos trânsito e muitas não estavam com pavimentação asfáltica ou mesmo de paralelepípedos, assim era possível jogar de bola nas ruas. Lembro-me que colocávamos duas latinhas cheias de terra para fazer a marcação das traves e formávamos times com quatro ou seis amigos de cada lado. Ali se passavam nossas manhãs ou tardes, sempre após a escola e nos finais de semana, a pelada era a atração entre a garotada. O futebol era um esporte típico de meninos na época e as meninas brincavam de cola-descola, pimbarra ou de cozinhar.
Era algo parecido com o que descreve o magnífico e genial Mauricio de Sousa com seus personagens Mônica, Cascão, Magali e Cebolinha, crianças que brincavam e estudavam com a mesma intensidade. As características foram habilmente transportadas aos personagens e eles arremetem à infância aqueles que viveram nas décadas de 70 e 80. Nesta época as crianças podiam estar nas ruas e tinham liberdade para brincar, correr, divertir-se de modo geral. A tecnologia ainda não possuía força para “prender” as crianças em casa sob a influência de novos brinquedos e jogos. Se hoje nossas crianças não desgrudam de um celular conectado a uma rede social, outrora nosso divertimento eram os gibis, as figurinhas, as brincadeiras coletivas.
Na minha concepção hoje é fácil perceber o quanto éramos submetidos à matemática enquanto brincávamos. Se observarmos atentamente veremos que durante um jogo de bolas de gude, por exemplo, tínhamos que por uma quantidade de bolas dentro de um triângulo riscado no chão e cada vez tínhamos que contar as bolinhas, não só as do triângulo como as que restavam nos bolsos ou no saquinho. O desenho do triângulo, uma figura geométrica. Os círculos que traçávamos, as linhas, a contagem dos amigos que participavam, tudo era ensinamento prático dentro das atividades que participávamos. Brincar não era só divertido, mas educativo também. Lógico sem falar nas atividades físicas contida nas brincadeiras de cola-descola, pimbarra ou soldado pega o ladrão.
Talvez o melhor de todas estas brincadeiras seja mesmo a expressão da liberdade estampada no sorriso de cada criança ao encontrar-se com outros colegas. A sociabilidade, a interação, a troca de experiências, enfim para os pais, na época, tudo era brincadeira, mas hoje eu percebo o quanto eram sérias aquelas oportunidades de ser feliz. Cada vez que ali nos reuníamos ali, muitas vezes pela manhã, à tarde ou mesmo pela noite, era aquela festa, uma explosão de alegria. A criança não era submetida a pesadas cargas de deveres de casa, cada pai instruía seus filhos a terem um horário previamente combinado para fazerem o dever e nos quais eles auxiliavam. Mudaram as rotinas de diversão, de trabalho da família, onde pai e mãe se obrigam a trabalhar para manterem em dia as contas domésticas e as crianças ficaram resumidas ás brincadeiras coletivas de escola, quando não estão grudadas em seus smartphones conectadas em redes sociais.
Já não temos mais ruas para nossas crianças brincarem, restam pequenas e inseguras praças repletas de malfeitores na espreita dos nossos filhos. Os espaços coletivos são disputados na Lei do mais forte. Já não temos o pião girando e as enfieiras nos dedos, os carrinhos de lata de óleo, os de madeira com rodas de pau, os bate-bates feitos de vasilhames de água sanitária ou os carrinhos de pneus velhos com cabos de vassouras atravessados. O convívio social resume-se ás redes sociais e as brincadeiras muitas vezes são bullying cibernético ou tentativas de aliciação de nossas crianças. Nada de correr, hoje o maior lazer coletivo é a praia seguida do cinema no shopping ou uma ida ao pesque-pague, se houver. Imaginar que ganhamos com tudo isso é esquecer de tudo que já tivemos na infância e que hoje já não temos para oferecer ás nossas crianças.

Texto do Escritor brasileiro Tony Casanova – Direitos Autorais reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer espécie ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele, sem autorização expressa do autor sob pena de infração ás Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual. O uso da presente obra sem respeito aos créditos devidos ao autor incorrem em Crime de Plágio.

O leite das pedras. [Tony Casanova]


Período de verão, sol a pino e Ananias, com seus 62 anos, continuava na mesma agonia. Acordava todos os dias antes das cinco da manhã e seguia em direção ao açude que ficava a três léguas do local. Uma distância aproximada de dezoito quilômetros dali. Lá ia ele, latas d'água em uma carrocinha puxada por um velho carneiro, o Pumba. Chegando ao açude Ananias enchia as latas com aquela água amarelada semelhante aos seus dentes com uma única diferença, os dentes eram enegrecidos pelo fumo dos cigarros de palha. Carregada as latas, era a vez do pobre pumba conduzir a carrocinha de volta pra casa. Mas pensar que o trabalho acabaria ali é um sonho, ele ainda teria que ir buscar as palmas, uma plantas aquosas e que serviriam de alimentação para Pumba e as velhas vacas magras Chiquinha, Tagarela e Manhosa.
E seguiam Pumba e Ananias para irem carregar a carrocinha com palmas. Feito o carreto Ananias cortava a palma em pequenos pedaços e colocava nos cochos para alimentar os animais. Após isso iria buscar o capim-manteiga que seria triturado para misturar à ração. Dona Ruth, com 49 anos, esposa de Ananias, também tinha tarefas pesadas à cumprir. Logo cedo tratava de alimentar as galinhas jogando restos de comida ou folhagem no chão depois seguia para a cisterna apanhar um pouco de água que sobrara da chuva e que servia para beber, lavar roupas e cozinhar. Ela fazia com a água do jeito que lhe haviam lhe ensinado os técnicos; coava e fervia e para aquela que iria beber e cozinhar, adicionava um pouco de cloro. Feito isto dona Ruth partia pra cozinha, já com a galinha de capoeira morta e depenada para fazer o almoço da família.
Moravam na casa duas meninas, a Daniela, 12 anos e a Cláudia com 14 anos, ambas estavam na escola que ficava ali mesmo no município. Sonhavam em se formar, poder ter um bom trabalho e ajudar os pais. Não era uma vida fácil, forçada ás trivialidades e as mesmices de um município de 2.500 habitantes, principalmente para jovens entrando na adolescência, mas as meninas gostavam. Divertiam-se indo à cachoeira nos finais de semana, sempre acompanhadas de perto pelos pais. A cachoeira ficava a 16 quilômetros dali e eles seguiam em um veículo que a prefeitura colocava à disposição dos moradores para que se divertissem. Haviam também pequenas apresentações de cantores locais e até mesmo de fora, contratados também pela prefeitura.
Uma grande antena parabólica instalada no telhado garantia o acesso da família à programação das Tvs e era mais uma forma de diversão. Gostavam de reunir-se e assistirem juntos, rindo e comentando aquilo que viam. A renda da família vinha das vendas de animais e da aposentadoria de Ananias, era pouco, mas dava para ir levando a vida. O mais incrível era perceber a felicidade nos rostos daquelas pessoas mesmo levando uma vida marcada pelo sofrimento do trabalho duro, da rotina diária pesada e das limitações financeiras. Ver como comemoravam juntos uma pequena conquista, um bem, uma venda ou mesmo um alimento diferente que fora comprado, transformava em algo surpreendente como exemplo de vida.
Não eram ricos, mas tinham felicidade, amor, união e paz na pequena família. Diante das dificuldades, cada um abraçava uma parte do problema e se imbuia em buscar uma solução como fosse possível. Pensavam e articulavam juntos, traçavam metas, elaboram a administração da família em conjunto. Isto era algo maravilhoso. Certo dia Ananias sentou-se à conversar com a esposa e as meninas sobre a ideia de eles não consumirem mais aquela água e passarem a beber água mineral. Todos aprovaram e a partir dai foram as meninas Daniela e Cláudia que fizeram as contas de quanto iria custar por mês e apresentaram as despesas aos pais. Ananias aprovou, Dona Ruth também e todos se abraçaram, felizes com a nova conquista. Algo simples, mas que fora decidido e aprovado em conjunto e que rendeu felicidade a todos. Algo raro, mas que pode-se encontrar na dura vida do homem do campo.

Texto do Escritor brasileiro Tony Casanova – Direitos Autorais reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer espécie ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele, sem autorização expressa do autor sob pena de infração ás Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual. O uso da presente obra sem respeito aos créditos devidos ao autor incorrem em Crime de Plágio.

Os três fatores decisivos nos sonhos. [Tony Casanova]


A natureza humana é coroada de sonhos desde o início dos tempos, sonhar faz parte da racionalidade e o ser humano é um eterno sonhador. Falo de sonhos, mas não os triviais, estes que vivemos enquanto dormimos e sim aqueles que sonhamos enquanto acordados. São os nossos desejos, sempre renováveis e que movimentam as nossas vidas. Hoje eu vou falar um pouco dos três pontos básicos para a realização destes desejos; O desejo, as Meios e a Mobilização.
“Sonhar sonhos é bom, realizar sonhos é melhor.” Ouvi esta frase durante um curso que fazia e achei bastante interessante a citação. Ela encaixa-se perfeitamente no nosso tema “Os três fatores decisivos dos sonhos” e ilustra muito bem a explanação do assunto. Nesta ordem, veremos a definição de cada passo decisivo para tornar possível a realização de um sonho:

O Desejo – Todo sonho inicia-se pela mente, pelo desejo que se sente pelo inalcançado. Devagar vamos juntando peças e construindo um objetivo e a este objetivo denominamos de sonho, na verdade um apanhado dos nossos desejos de melhorar nossa vida através daquela conquista.

Os meios - Eles representam o planejamento que temos que usar para conseguirmos alcançar nosso objetivo. Fazem parte dos meios todas as ações, os recursos, o modo e o tempo que iremos empregar nesta conquista. Todo objetivo requer previdência, sem ela não é possível driblar os prováveis obstáculos que poderão surgir. Traçar planos é muito importante para se obter êxito.


A Mobilização – Esta é a parte mais importante dos sonhos. Lembra da frase “Sonhar sonhos é bom, realizar sonhos é melhor?”, pois é, ela entra bem nesta parte do tema porque retrata exatamente a Mobilização de quem sonha, de quem tem objetivos ou metas a cumprir que é essencial para os resultados. Enquanto continuarmos sonhando seremos apenas sonhadores, mas se quisermos realmente realizar sonhos precisamos nos mover, colocar em prática todo planejamento que fizemos. Ou agimos desta forma ou seremos eternos sonhadores e nossos objetivos não sairão das nossas mentes.

A melhor maneira de conquistarmos algo é sendo dinâmicos, saindo da inércia e procurando tornar possível nosso objetivos utilizando os meios disponíveis. Em geral todo objetivo exige esforço, dedicação, tempo e em muitos casos recursos. É preciso muito afinco para alcançar um objetivo dependendo do tamanho do teu sonho. Já ouvi muitas pessoas falando em “sonhar grande, sonhar alto”, mas vale lembrar que não podemos confundir sonho com loucura. Podemos sonhar com aquilo que quisermos, mas precisamos avaliar se nossos sonhos são realizáveis ou se passaremos a vida inteira a persegui-los. Dentro do nosso planejamento devemos traçar como meta o tempo de realização deste sonho, em quanto tempo pretendemos alcançá-lo. Depois do tempo precisamos saber se temos recursos para tornar este sonho possível ou como iremos conseguir estes recursos caso não tenhamos. Tais planejamentos irão nos revelar se podemos seguir com o sonho ou traçar novos objetivos. Me despeço com um forte abraço e agradeço por tua visita, até a próxima.

Texto do Escritor brasileiro Tony Casanova – Direitos Autorais reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer espécie ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele, sem autorização expressa do autor sob pena de infração ás Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual. O uso da presente obra sem respeito aos créditos devidos ao autor incorrem em Crime de Plágio.

Qual a idade certa para amar? [Tony Casanova]


Dentro dos assuntos que gosto muito de falar está o amor. Um assunto que não é novo, mas é sempre atual. O que vou trazer a vocês hoje é uma pergunta antiga e que se refere ao amor e o tempo: afinal, quando é tempo de amar? Há quem imagine que a idade representa um empecilho para se amar. Um engano, afinal o amor não tem idade, ele existe há séculos e nunca envelheceu, muito pelo contrário, aqueles que amam rejuvenescem diante dos efeitos quase que balsâmicos do amor. Quando amamos a nossa idade parece diminuir, nos tornamos mais alegres, felizes e de bem com a vida.
O amor nos cria expectativas, nos abre portas, gera esperanças. Ganhamos um novo alento, novo sopro de vida. Tentar dar a exclusividade de algo tão nobre apenas para jovens é extremamente injusto. O amor é para todos, inclusive idosos. Obviamente estou me referindo ao bem estar da companhia, o prazer da saudade, a generosidade da dedicação, enfim todos os maravilhosos frutos deste enorme sentimento prático. Imaginemos um casal de idosos desfrutando o prazer da companhia um do outro, passeando sorridentes de mãos dadas, cabelos alvinhos brilhando ao sol, gestos lentos, olhar calmo, mas um coração firme e dedicado. Eles se curtem, como dizem os jovens, eles vivenciam coisas inimagináveis, se permitem transportam além das fronteiras da idade e invadem os hemisférios do amor. Eles se amam.
Não podemos considerar o ato de amar como privilégio apenas dos mais viris, mais afoitos e joviais, também eles, os idosos amam. Amam e fazem isso com uma qualidade impressionante. Como sabem amar estas pessoas. Passaram a vida vivenciando momentos de paixão para enfim sentirem de perto o sabor deste que é o ato gostoso de amar. Enquanto jovens ligamos o amor ao sexo, imaginamos que um não funciona sem o outro. Fazemos do sexo um objetivo na vida, uma meta a ser perseguida e alcançada. Na maturidade descobre-se o companheirismo, a valorização da presença, a importância de estar junto ou seja, descobre o verdadeiro amor. Não se pode considerar o sexo como algo impuro, ruim, muito pelo contrário, ele deve ser aproveitado e usufruído sim, mas jamais associado ao amor de forma a imaginar-se que ambos são a mesma coisa.
Podemos amar enquanto jovens, maduros ou idosos, não importa. Enquanto estivermos vivos poderemos desfrutar da companhia de alguém que nos traga momentos agradáveis, prazerosos e felizes. É importante estarmos abertos ao amor em qualquer idade e cada um saberá respeitar seus limites e os limites do outro. Sabermos utilizar as lições aprendidas ao longo da vida oferece uma melhor qualidade aos que amam e quanto melhor souberem amar, melhor serão amados. Não há uma fórmula mágica para amar, mas o amor possui suas bases e elas precisam ser respeitadas para que haja solidez nas relações independente da idade de quem ama. Pequenos gestos, grandes atitudes, colaboração, entrega e dedicação, assim se constrói uma relação sólida e duradoura.
Vale lembrarmos que a vida é curta e sua duração com proveito depende de nós, vale a pena saber vivê-la e aproveitá-la da melhor maneira possível. Jovens ou não, quem ama sabe do que precisa e é exatamente isto que deve dar, entregando-se ao outro, não por obrigação, mas por doação generosa e agradável. A vida pode nos presentear com momentos inesquecíveis, só depende de nós. Viver bem é simples, basta aprendermos a filtrar aquilo que nos faz mal, nos magoa e conservarmos o que nos faz bem. Todos atravessamos momentos desagradáveis, ruins, difíceis de serem digeridos, mas é ai onde a vida nos oferece a oportunidades para nos superarmos, mostrarmos que somos capazes de amar mais e melhor, com mais qualidade. Se nos dedicarmos amaremos mais e sempre melhor.

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Impeachment - Solução ou paliativo? [Tony Casanova]


Eis um assunto que eu não tenho muito prazer em falar, mas que me obrigo diante das atuais circunstâncias políticas em que o Brasil encontra-se. Longe de dar uma opinião inflamada de paixões, idealismos e fanatismo político, farei um magro e pobre comentário sobre a minha ótica diante dos fatos, apesar de crer que na atual conjuntura, nada que se acrescente possa ser muito relevante, principalmente vindo deste reles escritor medíocre que vos escreve. Brasileiros possuem uma veia acesa para a formação de torcidas e o assunto política é um dos prediletos, onde cada um tem e defende “seu candidato” como se ele fosse um Deus. Eu sempre procurei ver a política dos resultados e esquecer a dos discursos, porque em cinquenta anos eu já colecionei tantos discurso político que se tudo que se disse, fosse realmente cumprido, bastava um só Governo e transformaríamos o Brasil em um verdadeiro paraíso.
Atualmente oprimido, o povo brasileiro ou melhor, políticos brasileiros resolveram aventar a ideia do Impeachment da atual Presidente Dilma Rousseff. Este é o assunto mais comentado nas mídias. Vemos passeatas, carreatas, manifestações de toda sorte e em todo o País, todas sempre devidamente acompanhadas de líderes e partidos políticos, loucos pela saída da Presidente. Eu observo atos como um pedido de Impeachment como meramente políticos e não populares. Manifestações como as que reúnem mais de 100 mil pessoas , em geral sempre tem apoio, participação ou cunho político. Desta vez não vejo de forma diferente. Não irei me ater a números ou fazer aqui citações de fatos, estes todos já conhecemos, muito menos irei ditar adjetivos para qualquer político que seja, enquanto dou aqui minha ínfima opinião, faço isso como brasileiro, parte integrante do povo e no exercício constitucional da liberdade de expressão.
Como vem sendo explanado exaustivamente, a questão que vivemos agora não iniciou-se hoje, isto é certo e sabido. Oriunda de uma séria de medidas cujas consequências resultaram na atual crise, não acredito que seja justo atribuirmos a este ou aquele Governo a responsabilidade sobre assuntos de competência dos Governos atuais. Não chegaremos a lugar algum buscando culpados para ocultar a competência que não tivemos para resolver questões inerentes ao próprio Governo. Existem duas realidades que não podemos esconder; primeiro fato é a derrubada de uma série de esquemas seculares denunciados e postos a público e que uma parcela da população apaixonada por seus partidos e candidatos, recusa-se a enxergar e aceitar. Segundo é que a oposição ao Governo já não atua como antes e faz vir à tona todos os fatos que resultam em demonstração de incompetência política do Governo. Trocando tudo isto em miúdos, todas as CPIs resultarão no que sempre resultaram e como sempre será mais fácil um pai de família ou uma avó inadimplente na pensão alimentícia ser levado à cadeia sem Direito a soltura do que um sonegador de milhões de Reais ser preso e devolver o dinheiro.
O que pesa sobre o Partido dos Trabalhadores , o PT hoje é o fato de vários outros partidos terem sido Governo e nunca terem alterado Direitos constituídos aos trabalhadores, mas o PT que veio de um discurso pró-trabalhador, lutava acirradamente como oposição e fazia promessas de luta contra as patronais e a favor da classe operária, mas tem removido Direitos adquiridos pelos trabalhadores bem antes da sua chegada à Presidência. Imagino que seja mais fácil alterar o curso de aposentadorias, seguro-desemprego, do que rever salários de parlamentares e chefes de Estado. Uma decepção para aqueles que acreditaram em anos e anos de discurso e hoje se veem participando dos maiores escândalos políticos da História do País. Já tivemos outras crises, outros Governos, já sofremos, tivemos escândalos, mas não tão Históricos e relevantes quanto a atual situação nos revela.

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Qualidade de Vida e Rotina - Como melhorar. [Tony Casanova]


Elas são extremamente chatas, enfadonhas e as vezes insossas, mas na verdade as rotinas fazem parte da vida e são muito importantes para a boa manutenção dela. Como todo Direito conquistado precede um Dever que deve ser cumprido, a rotina não é diferente e tem papel fundamental para nós. As vezes não é muito agradável acordarmos e saber que já temos tarefas pré-estabelecidas à cumprir, mas assim é a vida e assim devem ser as coisas. Tomar um banho, escovar os dentes, trocar a roupa, preparar o desjejum. Estas são rotinas básicas cotidianas de todos nós e durante todo o dia teremos uma série de outras à cumprir.
Quantas vezes nos pegamos cansados, enfadados da rotina e desejamos não ter nada para fazer ou simplesmente desejar fazer coisas diferentes? Isto é normal, faz parte. Nós também precisamos dar uma parada, uma repaginada nas ações e sair um pouco da paranoia da rotina, mas conscientes de que algumas delas não dá mesmo para mudar, outras necessitam de muito esforço e preparação para darem certo. O trabalho é uma destas rotinas. Ele é peça fundamental para a aquisição de renda que irá manter o seu sustento e quebrar esta rotina pode representar a perca da sua fonte de renda e manutenção, mas se está pensando em mudar de ramo de atividade, prepare-se bem antes e tenha certeza de que no novo emprego você não só estará mudando a rotina, mas também está preparado para estas mudanças.
Todas as rotinas são importantes, algumas mais, outras menos, mas todas são essenciais e é preciso cuidado ao se tentar investir em novidades. Agora vamos imaginar uma situação corriqueira e que ilustra bem a importância das rotinas nas nossas vidas: Sexta-feira à noite e você no trabalho, agoniado e louco para o dia terminar para iniciar mais um final de semana bebendo e comemorando com amigos e familiares. Você pode até achar que não, mas esta é uma das rotinas mais conhecidas por nós. O desejo da Sexta-feira. Muitos querem ir à praia, outras ao clube, outros fazer churrasco com amigos e parentes, outros não querem fazer nada, muitos querem apenas o tempo para estudar ou até mesmo exercer outra tarefa como cuidar de casa, mas a verdade é que rotineiramente todos desejam a chegada da Sexta-feira bendita.
Executar rotinas saudáveis faz bem, mas nem todas são saudáveis. Muitas vezes deixamos de executar algo que nos beneficiaria e adquirimos novos hábitos, as vezes nocivos para nós ou mesmo para outros, mas em suma, tudo é rotina. O ideal é esquecer esta loucura de querer mudar o curso das coisas e se planejar para introduzir novas ações que irão acrescentar benefícios para nós. Quando pensamos em qualidade, geralmente imaginamos produtos, peças ou serviços, mas vida também precisa de qualidade e para isso ela precisa ter boa manutenção para ter o desempenho desejado, portanto se já sabemos que algumas tarefas são imutáveis, não podem deixar de ser cumpridas, que as façamos com prazer, com alegria e assim as faremos melhor.
Em nosso século a vida sedentária chega ao seu auge e com isso várias rotinas simples e importantes deixaram de ser cumpridas e foram “engavetadas”, como o hábito de andar a pé por exemplo. Hoje qualquer distância é absurda para ser percorrida a pé porque temos veículos disponíveis e com isso acabamos por adquirir patologias herdadas por estes hábitos. Problemas Cardio-vasculares, Obesidade, mau funcionamento dos intestinos, estresse, enfim uma série de doenças nos chegam e os médicos recomendam: É preciso sair do sedentarismo e praticar exercícios físicos para recuperar a saúde. E então lá se vão todos fazer caminhada, mas porque antes não faziam? Porque já não praticavam algum tipo de esporte além da famosa ingestão de cervejas e comilança de churrascos em finais de semana? Se formos parar para pensar, algumas rotinas são fatais, por isso cuidado com elas. Abração e até a próxima.

Texto do Escritor brasileiro Tony Casanova – Direitos Autorais reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer espécie ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele, sem autorização expressa do autor sob pena de infração ás Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual. O uso da presente obra sem respeito aos créditos devidos ao autor incorrem em Crime de Plágio.

Novela Império - Quem é Fabrício Melgasso? [Tony Casanova]


Em seus capítulos finais a telenovela Império vem chamando a atenção dos telespectadores pelas cenas de muito mistério e ação. Esta semana vimos mais uma vez as desconfianças do Comendador José Alfredo voltarem-se para seu filho(?) José Pedro por conta de um bilhete deixado por ele na casa do mordomo Silviano e encontrado por Lorraine. Tão logo ficou sabendo, o Comendador avisou a Maria Marta sobre o conteúdo do bilhete e pediu que ela o aguardasse na antiga mansão do casal, para onde ela estava indo. Encontraram-se lá e Marta avisa a José Alfredo sobre as mudanças na mansão e mostrou-lhe a enorme piscina que fora lacrada com concreto e coberta de grama. Desconfiado o Comendador inspeciona a piscina e resolve quebrar o concreto junto com os empregados e boquiabertos descobrem que a piscina está cheia de cédulas novas de Euros.
Em um capítulo anterior José Alfredo arma uma cilada e consegue prender Maurílio, mas seu comparsa consegue fugir no carro de fuga em que estava escondido. Furioso o Homem de Preto dispara várias vezes contra o veículo, mas não consegue atingir o fugitivo. Revela-se então que Silviano é pai de Maurílio, que contrata os serviços do advogado Merival para libertá-lo da prisão. O advogado questiona o mordomo se ele é Fabrício Melgasso, fato que é negado por Silviano, que por sua vez mantém em segredo a identidade do rival ferrenho do comendador. O autor Aguinaldo Silva e sua equipe resolvem então aproveitar este capítulo para criar um leque de suspeitos para a identidade de Fabrício Melgasso. Surgem então as coincidências de vários personagens chegarem em suas casas em horários semelhantes à fuga do Fabrício no dia da cilada armada pelo Homem de Preto.
Logicamente que esta é uma estratégia do escritor para desviar a atenção do telespectador para a verdadeira identidade do vilão, desta forma ele apontou seu Toninho, presidente da escola de samba Unidos de Vila Isabel, o mordomo Silviano, José Pedro, o advogado Merival e a namorada do Comendador Ísis. Deve-se descartar o diálogo ocorrido na delegacia entre Silviano e Maurílio onde o filho elogiava o pai pela habilidade na direção, posto que Fabrício Melgasso poderia estar ao banco de passageiros e não dirigindo, assim de fato poderia o mordomo ter dirigido o carro, mas com o vilão no banco de trás ou estar mentindo quando diz que dirigia o veículo. Uma terceira hipótese é de que o Fabrício não estivesse na cena. No capítulo desta Quinta-feira, 05 de Março, quando inquirido pelo Comendador se ele era Fabrício Melgasso, José Pedro nega e faz uma cena duvidosa de amparo ao pai, o que leva-nos a deduzir que ele está mentindo.
Diante de tanto mistério envolvendo este personagem tão ardiloso e cruel, Roda Cultural pergunta a você leitor, que acompanha a telenovela: Na sua opinião, afinal quem é Fabrício Melgasso? Deixe um comentário com sua opinião e vamos ver se conseguimos desvendar este mistério televisivo. Quem será este facínora? Na minha opinião é.... bom, diz ai quem você acha que pode ser este miserável. Estou aguardando seu comentário. Beijo no coração e até a próxima.


Texto do escritor brasileiro Tony Casanova . Direitos Autorais reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele, sem autorização expressa do autor, sob pena de infração ás Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos Autorais.

Conto - O dia em que o palhaço chorou. [Tony Casanova]


Era uma manhã de verão quando a caravana do “Grand Circo Cingapura” chegara a Aracaju. Na verdade de grande só possuía o nome, pois tratava-se de mais um daqueles pequenos circos que percorria o Brasil dos anos 80 buscando divertir a população local e com eles ganhar o sustento do dono e seus “artistas”. Logo eles estavam armando suas instalações em um terreno baldio. Subiram o mastro central, as escoras e num mutirão ergueram a grande lona repleta de remendos. Tudo pronto e foi dado o sinal para que o velho carro de som desfilasse pelas redondezas convidando as famílias para trazerem seus filhos para o espetáculo inaugural em Aracaju. Mata-cachorros a postos, bilheteria pronta, artistas preparados e muitos adultos e crianças chegando, esperaram até o horário marcado para iniciar o espetáculo.
“Respeitável Público”- Bradou o dono e apresentador do circo dirigindo-se aos populares. Falou das atrações como palhaço, trapezistas, carro-maluco, cavalo amestrado, engolidor de fogo e atirador de facas. Todos estavam ansiosos para ver cada uma das atrações. Como em todas as apresentações, o palhaço Tampinha arrancou muitas gargalhadas do público com suas estrepolias e foi ovacionado ao final. Era ele a principal atração do Grand Circo Singapura. Por trás da maquiagem quem vivia o palhaço era Leônidas, Nordestino natural do Ceará, 32 anos e atual marido da trapezista Rosinha, com quem estava a oito anos. Formavam um casal ainda jovem, a moça tinha 30 anos e estava no circo desde que nascera, também no Nordeste, em Alagoas capital de Maceió.
Viviam felizes, mesmo com a vida difícil do circo, não reclamavam e faziam planos de saírem do mundo dos espetáculos e comprarem uma casa no Nordeste e terem os filhos que ainda não tinham. Muito apaixonados, eles aproveitavam o tempo que sobrava para declarem um ao outro seu amor eterno. Leônidas sentia-se orgulhoso pela beleza e qualidades de Rosinha e mais ainda porque ela o escolhera como marido. Como em circo pequeno todo artista faz de tudo, quando não estavam no espetáculo Rosinha seguia para seu treinamento e Leônidas ia cuidar dos animais e outros afazeres.
Durante um destes dias em que estava alimentando os animais, Leônidas sentiu saudades de Rosinha e foi visitá-la no treino. A caminho, arrancou algumas flores que haviam nascidos no terreno, fez um pequeno buquê e seguiu em busca da moça. Como não estava nos trapézios, voltou e resolveu continuar seu trabalho, mas ao passar na tenda do trapezista que também deveria estar treinando, escutou a voz de Rosinha. Parou, escutou e resolveu entrar. Derrubou o maço de flores ao ver a moça nua, fazendo amor com o seu parceiro, também trapezista. Olhar atônito, sem acreditar no que via, ele retirou-se sem ser notado pelos dois que estavam tão envolvidos que sequer perceberam a presença do palhaço.
Leônidas voltou para sua pequena tenda, sentou-se na velha cadeira e chorou. Resolvera abandonar o circo e a vida de palhaço. Faria qualquer coisa para viver, mas abandonaria aquela vida. Queria esquecer por quanto tempo fora palhaço. Refeito, resolveu que naquela noite faria sua última apresentação. Daria ao público sua última encenação como palhaço. Tratou Rosinha como de costume e fez tudo parecer normal. No horário pontual o apresentador abriu o espetáculo e anunciou o incrível palhaço Tampinha. Ele foi até o picadeiro, parou, olhou o público e manchou a maquiagem com seu choro enquanto o público ria, sem entender. Foi só o que fez. Retirou-se e ainda pode contemplar o rosto feliz de Rosinha ao lado do outro trapezista. Dirigiu-se a sua tenda, pegou suas poucas coisas e partiu rumo a uma vida sem palhaçadas.

Texto do escritor brasileiro Tony Casanova . Direitos Autorais reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele, sem autorização expressa do autor, sob pena de infração ás Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos Autorais.