Escritor Tony Casanova | Os melhores anos da minha vida

  A caminho dos 51 anos de vida, neste caminho que posso dizer longo, mas sobretudo proveitoso, fico a imaginar quais foram os melhores anos da minha vida. Não resta dúvida de que nestes pensamentos me vieram lembranças de vários momentos, coisas de infância, fatos relevantes, enfim muita coisa vivida nestes cinquenta anos, contudo não encontrei algum fato que pudesse classificar em um ano como sendo o melhor.

   Talvez eu não tenha analisado bem, então me pus a repassar tudo, buscar fatos esquecidos e para minha surpresa, nada me levava a crer que algum ano tenha sido melhor. Meu nascimento se deu em Salvador, linda Capital do Estado da Bahia em um bairro pobre, mas nem por isso menos alegre que nenhum outro. Tudo aconteceu em uma época sem a influência tecnológica e as crianças tinham liberdade para brincar, correr e interagir. Os adultos eram sociáveis e o cumprimento era quase que obrigatório entre desconhecidos. Daquela época, conservo até hoje o hábito de chamar os mais velhos de "seu" ou "dona" antes dos seus nomes. Vizinhos eram como irmãos e a convivência era semelhante ou as vezes melhor que a de uma família. 

   Era uma época em que todos se davam as mãos. Havia muito respeito e severidade nos hábitos. As brincadeiras de criança eram as gudes, pequenas bolinhas de vidro que costumávamos alinhar em forma de triângulo e arremessar usando os dedos, umas nas outras. Havia também a Cabra Cega, a Pimbarra, Esconde-Esconde, Soldado prende o ladrão, as brincadeiras com o peão, uma peça de madeira em forma de cone que possuía um metal na extremidade. Enrolávamos nele um cordão, chamado de enfieira e arremessávamos ao chão para que ele rodopiasse. Outra brincadeira popular entre os infantes era com pneus velhos onde colocávamos cabos de vassouras e saíamos a circular como se estivéssemos dirigindo um veículo. Existem tantas outras brincadeiras da época, tantas lembranças boas.

  Lembro das reuniões sociais feitas entre as famílias vizinhas onde cada um trazia parte dos seus alimentos e colocavam em uma enorme bacia, arrumando-os ali para que todos pudessem usufruir. Todos comiam o que todos faziam e quando terminavam de almoçar, as crianças iam brincar e os adultos descansavam num barreiro próximo que forravam de esteiras. Uma verdadeira integração social. Relembrando alguns fatos, as vezes me ponho saudosamente a chorar. Como escritor eu diria que "Saudades são águas frias que movimentam corações quentinhos".  Mesmo diante destas lembranças, eu ainda não as classifico como sendo os melhores anos da minha vida.

  Por sorte, para findar minha dúvida em relação a esta questão, me sobreveio um pensamento que me trouxe conforto nesta busca angustiante: A razão por não encontrar os melhores anos da minha vida em nenhum fato ocorrido se deu porque quando se vive intensamente e colhe-se a essência que a vida oferece, não se tem um, dois ou três anos como melhores na vida. Todos os anos são igualmente melhores porque a soma de todos eles produziu o resultado que se colheu. Cada lembrança do passado, cada fato vivido no presente compõe a minha existência e nestes cinquenta anos, eu diria que vivi bem.

  Analiso hoje que a soma de lutas, as batalhas ganhas e perdidas, a coragem de continuar lutando e a esperança me fazem ser o que sou e contrariando os mais ambiciosos, eu posso assegurar que vivo bem sim, muito bem porque sou conhecedor da minha história e nada que tenha feito nela me envergonha, pelo contrário, todos os erros cometidos ficaram no passado porque me trouxeram o aprendizado de que não deveria repeti-los, quanto aos acertos, estes iluminam meus passos sempre nesta mesma direção, desta forma, os melhores anos da vida foram os últimos cinquenta anos.  

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Writer Tony Casanova | The best years of my life

The way the 51 years of life, this way I can say long, but especially useful, I wondered what were the best years of my life. There is no doubt that these thoughts came back memories of various moments, childhood things, relevant facts, finally much lived these fifty, but did not find any fact that could classify in one year as the best.

   Maybe I have not analyzed well, so I started to go over everything, get forgotten facts and to my surprise, nothing led me to believe that a year has been better. My birth took place in Salvador, Bahia beautiful State Capital in a poor neighborhood, but no less joyful than any other. It all happened at a time without the technological influence and the children were free to play, run and interact. Adults were sociable and compliance was almost compulsory among strangers. From that time, I keep to this day the habit of calling the older "his" or "owner" before their names. Neighbors were like brothers and coexistence was similar or sometimes better than a family.

   It was a time when everyone held hands. There were a lot of respect and severity habits. child at play were the gudes, small glass balls we used to align Triangle and throw using your fingers together. There was also the Blinded goat, the Pimbarra, Hide and Seek, Soldier holds the thief, the banter with the pawn, a piece of wood shaped cone that had a metal at the end. Enrolávamos it a cord, called enfieira and arremessávamos the ground so that it rodopiasse. Another popular joke among infants was with old tires where we put broomsticks and we went out to circulate as if we were driving a vehicle. There are so many other games of the time, so many good memories.

  I remember the social meetings held between the neighboring families where each one had part of their food and put in a huge bowl, arranging them there for all to enjoy. All ate what everyone did and when they finished lunch, the children would play and adults rested in the near barreiro that lined mats. A real social integration. Recalling some facts, sometimes put me longingly to cry. As a writer I would say "I miss are cold waters that move warm hearts." Even before these memories, I still do not classify as the best years of my life.

  Fortunately for ending my questions regarding this matter upon me a thought that brought me comfort in this agonizing search: The reason for not finding the best years of my life in any fact occurred was because when you live intensely and colhe- the essence that life offers, you do not have one, two or three years as the best in life. Every year are also better because the sum of all of them produced the result that was collected. Each memory of the past, every fact lived in this consists my existence and these fifty, I would say that I lived well.

  Analyze today that the sum of struggles, won and lost battles, the courage to keep fighting and hope I do what I am and contrary to the most ambitious, I can assure you that living well yes, very well because I am knowledgeable of my story and nothing that has made it embarrasses me, on the contrary, all the mistakes were in the past because they brought me learning that should not repeat them, as the successes, these light my steps always in the same direction in this way, the best years of life were the last fifty years.

  This text is protected by copyright reserved exclusively to writer Tony Casanova, being vetoed its use, regardless of the purpose or means used, although in whole or part without the prior and express authorization of the author. It expressly prohibits the disclosure, alteration or total or partial reproduction of this text under penalty of infringement ace Protection Laws of Intellectual Property Rights contained in the Brazilian and International Law. Failure incur practice of passive crime of legal penalties of punishment for the offender.

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Guionista Tony Casanova | Los mejores años de mi vida

La forma en que los 51 años de vida, de esta manera puedo decir mucho, pero sobre todo útil, me preguntó cuáles eran los mejores años de mi vida. No hay duda de que estos pensamientos vinieron a la memoria varios momentos, cosas de la infancia, hechos relevantes, por último mucho vivido estos cincuenta años, pero no encontró ningún dato que podría clasificar en un año como el mejor.
   Tal vez no he analizado bien, así que empecé a ir por encima de todo, conseguir hechos olvidados y para mi sorpresa, nada me llevó a creer que un año ha sido mejor. Mi nacimiento tuvo lugar en Salvador, Bahia hermosa capital del estado en un barrio pobre, pero no menos alegre que cualquier otro. Todo sucedió en un momento sin la influencia tecnológica y los niños estaban libres para jugar, correr e interactuar. Los adultos eran sociable y cumplimiento era casi obligatoria entre extraños. A partir de ese momento, sigo hasta hoy la costumbre de llamar a la mayor "su" o "propietario" antes de sus nombres. Los vecinos eran como hermanos y la convivencia fue similar o, a veces mejor que una familia.
   Fue un momento en que todos tomaron de las manos. Había una gran cantidad de hábitos de respeto y de gravedad. niño que juega fueron los gudes, pequeñas bolas de cristal que utilizamos para alinear Triángulo y tirar con los dedos juntos. También estaba la cabra Cegado, el Pimbarra, Escondite, soldado lleva a cabo el ladrón, la maña con el peón, un trozo de madera con forma de cono que tenía un metal al final. Enrolávamos TI una cuerda, llamado enfieira y arremessávamos la tierra de modo que rodopiasse. Otra broma popular entre los niños estaba con neumáticos viejos donde ponemos palos de escoba y salió a circular como si estábamos conduciendo un vehículo. Hay tantos otros juegos de la época, por lo que muchos buenos recuerdos.
  Recuerdo las reuniones sociales que tuvieron lugar entre las familias vecinas, donde cada uno tenía parte de su comida y poner en un bol enorme, que pueden organizar allí para que todos disfruten. Todos comieron lo que cada uno hizo y, cuando terminó el almuerzo, los niños y los adultos jugarían descansado en el Barreiro cerca que bordeaba esteras. Una verdadera integración social. Recordando algunos hechos, a veces me puso a llorar con nostalgia. Como escritor, diría "Echo de menos son las aguas frías que mueven el corazón caliente." Incluso antes de estos recuerdos, todavía no me clasifico como los mejores años de mi vida.
  Afortunadamente para poner fin a mis preguntas con respecto a este asunto en mí un pensamiento que me trajo consuelo en esta búsqueda angustiosa: La razón de no encontrar los mejores años de mi vida en cualquier hecho ocurrido fue porque cuando se vive intensamente y colhe- la esencia que la vida ofrece, usted no tiene uno, dos o tres años como el mejor en la vida. Cada año también son mejores porque la suma de todos ellos produce el resultado de que se recogió. Cada memoria del pasado, cada hecho vivido en esto consiste mi existencia y estos cincuenta años, me gustaría decir que he vivido así.
  Analizar hoy que la suma de las luchas, ganó y perdió batallas, el valor para seguir luchando y espero hacer lo que soy y contrario a la más ambiciosa, le puedo asegurar que vivir bien sí, muy bien porque soy conocedor de mi historia y nada de lo que ha hecho que me avergüenza, por el contrario, todos los errores fueron en el pasado porque me trajeron de enterarse de que no hay que repetirlos, como los éxitos, éstos se iluminan mis pasos siempre en la misma dirección de esta manera, la mejor años de vida fueron los últimos cincuenta años.


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