- Que foi?
- Voce é tão linda - Eu respondia.
- Bobo! - Dizia ela continuando a sorrir.
Maíra me rendeu muitas escritas e me aqueceu por dois anos. Dois anos de capítulos felizes, muitos sorrisos e alegria. Seus pais olhavam para nós dois como filhos e dividiam conosco a mágica que nos unia. A convite insistentes deles, eu vivia mais no apartamento onde moravam do que na minha própria casa. Lá ficávamos a conversar, rir e brincar muito. Foi em 1992 que o pai de Maíra recebeu da empresa em que trabalhava, a notícia da sua transferência para Curitiba e para lá se foi levando a minha Maíra e com ela todos os meus sonhos. Qualquer separação é dura, é difícil, mas ninguém consegue digerir uma separação sem que se tenha tido motivos para isso. Não sou dado a despedidas e aquela eu confesso que me desceu rasgando a garganta e cortando o coração. Eram quatro que choravam no saguão do Aeroporto Santa Maria em Aracajú. ainda estávamos abraçados quando ouvimos a chamada para embarque. Maíra me abraçou e beijou-me com aquele mesmo beijo que me dera quando nos conhecemos, soltou-me, olhou-me nos olhos e disse baixinho enquanto chorava:
- Eu te amo.
- Também te amo - Respondi engasgado pelo choro.
Ela dirigiu-se ao avião sem olhar para trás e ao chegar na escada de embarque desenhou um coração com as mãos e entrou. Eu podia ver o avião se afastando e sumindo nas nuvens, carregando com ele meu sonho mais lindo.
Texto de Tony Casanova - Direitos Autorais reservados ao autor.
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