Á árvore do amor - O poder da renúncia.


"Árvore do amor"

Todas as relações a dois são complexas, repletas de arestas e inevitáveis atritos. Vou fazer uma ilustração breve para entendermos melhor as relações humanas e a partir dai melhorarmos a qualidade do convívio diário. Antes, porém, devemos perceber que o ser humano é uma espécie altamente condicionada ás suas raízes passadas. É como se no passado de cada um estivesse o antídoto para inoculação de dores futuras. O sofrimento é amargo, sempre foi e não há ser humano capaz de desejar beber deste amargo cálice da vida, por isso, sempre que se vive um sofrimento que causa algum trauma ou uma dor mais profunda, o ser humano adota defesas para protegê-lo no futuro. A questão com estes "antídotos" bebidos pelos que já sofreram agruras no passado está na dose bebida. Logicamente que se bebemos em excesso um líquido muito amargo, ficaremos por muito tempo com aquele sabor em nós. Muitas vezes o antídoto torna-se pior que o próprio veneno do sofrimento e ao invés de curar quem o bebe, envenena quem se aproxima. O melhor a fazer é buscar doses diárias de sabedoria, paciência e perseverança durante os atritos.
Pode parecer estranho dizer isso, mas uma pessoa que sofreu muitas amarguras no passado poderá tornar-se bastante amarga no futuro. As dores conduzem aquele que sofreu a agir excessivamente na defensiva e pior, partir para o ataque sempre que sentir-se ameaçado. Não importa quem ali está ou o que representa, o que importa é a defesa que muitas vezes converte-se em ataque. Vejamos agora uma breve ilustração sobre esta situação:

"A árvore do amor"
Por Tony Casanova
Imaginemos uma árvore frondosa, linda e carregadinha de flores. Esta é a árvore que nós plantamos. Dela cuidamos adubando, regando e podando até que se tornasse esta bela árvore que vemos. Esta é a árvore do amor. Agora me responda:
Que frutos voces esperam desta árvore? Frutos bons ou ruins?
É lógico que ninguém prepara a terra, semeia, aduba e rega uma plantinha se dela não esperar algo bom. Algo muito bom. Assim como ninguém entra em uma relação esperando dela frutos ruins, mas para colher frutos e frutos bons é preciso arar a terra, semear, regar e podar as nossas atitudes para enfim colhermos bons frutos. Agora imagine uma árvore cheia de frutos, mas quando voce os prova eles são ruins. Porque isso ocorre? Por que nós deixamos de ter os cuidados necessários para que a árvore cresça sadia e produza frutos doces. Nós temos neste caso, duas situações expostas: Primeiro é que nós confiamos plenamente na árvore e seus frutos, mas não cuidamos dela. Segundo é que uma árvore que produz frutos ruins não deve ter suas sementes semeadas porque os frutos também serão iguais aos primeiros.
Quando estamos enraizados em nosso passado, cheios de lembranças amargas e decepções, muitas vezes entramos em novas relações semeando a sementes das árvores passadas, conseqüentemente os frutos serão os mesmos do passado e seu sabor será amargo. Para relações novas é preciso semear novas sementes para que se colham novos frutos. É preciso que se abdique das sementes ruins do passado e que se passe a semear novas e boas sementes. Confiar nos frutos que virão de sementes cuja árvore não conhecemos é um risco, mas o amor é assim mesmo, gostoso e arriscado.
Espero que esta leitura possa tê-lo(a) ajudado, um forte abraço e até a próxima.
Texto de Tony Casanova – Direitos Autorais Reservados ao autor – CopyRight 2014 – All Rights Reserved


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