"Fogo do Desejo."


E tendo ela sido dominada por um enorme desejo, começou a roçar a língua nos cantos dos lábios como se quisesse limpá-los. Fazia isso e revirava os olhos, o corpo estremecia enquanto se tocava. Sentia um calor estranho, como se a alma pegasse fogo e seu corpo não mais lhe obedecesse. Era a ânsia que lhe dominava por completo. As mãos buscavam suas intimidades e seus pensamentos eram inconfessáveis. Perdera o pudor de si mesma, já não resistia as suas vontades. Tomada por aquela vontade de ser possuída, seus gemidos escapavam a cada vez que suas mãos inquietas visitavam seu íntimo. Aquela dança sensual lhe causava um frenesi, uma loucura tão incontrolável que seus líquidos escorriam deslizando pela coxa. Vagarosamente procurava limpar e tocava mais. Viajava na vontade de ser tocada, ser possuída, invadida intimamente. Os dedos não se continham e penetravam suas entranhas, massageavam, ora devagar, ora apressadamente. Parava, deliciava-se com a sensação de prazer, com o torpor que aquilo lhe causava. Estava prestes a explodir, mas detinha-se e aguardava diminuir o anseio. Com as mãos apertava os lábios, amassava-os, introduzia os dedos á boca e fazia movimentos. Mais uma vez detinha-se.
Completamente despida e deitada á cama, na solidão do seu quarto, entregava-se a si mesma, desfrutando dos prazeres secretos que ocultava em seus pensamentos. Os dedos, cravados no sexo, a obrigavam a movimentar-se de forma a serpentear com o corpo. Os seios respondiam embicados, rijos e sensíveis ao toque da outra mão umedecida. Gemia enquanto prolongava-se o desejo e já sentia a aproximação do clímax. As entranhas avermelhadas encheram-se de sangue, tornaram-se rígidas e sensíveis ao toque. Os movimentos passaram a ser mais intensos e rápidos, seu corpo movimentava-se com loucura e seus olhos já não viam mais nada. Mordia os lábios de tanta vontade. Sentia-se molhada, com líquidos a descer-lhe pernas abaixo. Tremia por inteiro. Barriga, seios, coxas. A vulva mastigava-se á loucura do gozo. Contraia-se de modo a expulsar seu néctar enquanto pulsava descontroladamente. Não pode conter o gemido, as contrações do corpo e finalmente explodiu num intenso gozo.
Sentiu o corpo relaxar sonolento. Largou-se á cama e ainda nua, adormeceu com um sorriso no rosto, satisfeita. Pronta para enfrentar o mundo e suas adversidades.
Texto de Tony Casanova-Direitos Reservados ao autor. Proibida a reprodução, cópia, colagem ou divulgação em qualquer meio sem prévia autorização do autor sob pena de infração das Leis Brasileiras de Proteção aos Direitos Autorais.
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