Desigualdade.


O tema Desigualdade é tão amplo que não há como abordá-lo satisfatoriamente em uma única postagem. Recentemente tivemos o exemplo de uma estudante paquistanesa que rompeu barreiras que impediam o ensino de meninas nas escolas locais. Recentemente Malala Yousafzai recebeu a indicação e foi premiada com o Nobel da Paz. A igualdade é um dos fatores mais importante para a construção de um mundo justo, onde os povos possam dividir o mesmo céu, o mesmo chão, a mesma água como riqueza de todos e não privilégio de alguns. O melhor neste tema é que ele não só aborda as questões da superfície, mas também merece buscas mais profundas, afinal ele fala de “Equalização”, de medidas justas, de distribuição, igualdade de condições e direitos para todos.
Falando em distribuição lembro-me das rendas no Brasil onde o Sul e o Sudeste possuem os maiores pólos industriais, melhor comércio e consequentemente uma renda melhor se comparado ao restante das regiões. O Nordeste por exemplo, produz grande parte da mão-de-obra para o País, gera produção na agropecuária, agricultura e na indústria de alimentos e têxtil, mas possui renda menor. É óbvio que jamais teremos um País totalmente equalizado nas suas rendas, mas a problemática da seca poderia ser melhor observada para dar condições de igualdade de produção ao Nordeste retirando-o da calamidade e inserindo-o no contexto de grande produtor brasileiro. A exploração do êxodo nordestino é antiga. Combater eficazmente a seca no Nordeste seria interromper este êxodo eliminando assim a chegada de mão-de-obra barata no Sul e Sudeste do Brasil.
O Norte também sofre as consequências da desigualdade. Populações ribeirinhas ainda padecem com a dificuldade de deslocamento dos estudantes para a escola e também da própria população para os grandes centros. Muitos ainda vivem como nativos, sem energia, sem água potável e com a ajuda emergencial de assistência médica. Somam-se os esforços das ONGs e do Exército Brasileiro para levar voluntários da área de saúde para atendimento e também medicamentos e víveres para aquelas populações. Um pedaço do Brasil que só vemos na TV. Tudo isso acontece em diversas regiões enquanto alguns Estados contam com serviços adquiridos a preços de primeiro mundo. Equalizar o Brasil seria torná-lo como um só, onde todos gozassem dos mesmos benefícios independente das regiões em que se encontrassem. Isso não depende do esforço de um, mas de todos os Estados, de todos os Governos. Depende da vontade política do Governo Federal em tornar possível a distribuição igual de rendas no País.
Não se pode cobrar educação de um povo se lhe faltam escolas de boa qualidade, de uma estrutura projetada para acolher e servir desde o infantil até o nível superior. Não se pode exigir saúde de um povo que obriga-se a aguardar o péssimo serviço de atendimento e internação hospitalar com suas faltas de leito, de veículos de emergência, de combustível nestas viaturas, da péssima remuneração dos profissionais. A desigualdade não está só nas rendas, mas na política que se pratica, na justiça que se faz, na renda que se distribui, na segurança que se presta, em tudo! Podemos viver melhor sim, se tivermos as mesmas condições, sem privilégios de foro, sem impunidades, sem corrupções. Um País igual é um País que se respeita e trata seus patriotas como se todos fossem um, gozando dos mesmo Deveres, Obrigações e Direitos.

Texto do Escritor Brasileiro Tony Casanova. Direitos Autorais Reservados. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele sem autorização expressa do autor sob pena de infração ás Leis Brasileiras de Proteção aos Direitos Autorais.
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