Tudo é feito sob o manto da “Imparcialidade, da Informação”, chegam até mesmo a invocar a “Liberdade de Imprensa” e divulgam os mais escabrosos escândalos da vida particular dos famosos, estes que segundo os mais entendidos, não tem vida particular, já que tudo que fazem vem a público. Na verdade jornais, telejornais e as emissoras de televisão sempre foram bons em divulgar os escândalos alheios, mas sabem esconder como ninguém seus próprios envolvimento nestas fatídicas matérias. Quando as notícias podres são referentes a artistas ou fatos de outras emissoras, então vamos divulgar. Se elas são referentes a escândalos de dentro, vamos abafar. Quem ousaria atirar no próprio pé, Mesmo que fosse em nome da tão falada credibilidade, da ética e da imparcialidade?
Na verdade a exposição dos fatos inerentes aos escândalos das celebridades só tem provado que eles também fazem necessidades básicas como evacuar, tomar banho, ir a praia, namorar e beijar. Lógico que artistas também usam drogas, atropelam, ficam bêbados. Mas quem vai exibir o dono da própria emissora cometendo um ato ilícito, ou mesmo socialmente condenável? Quem vai lançar as fezes ao ventilador e jogar contra o próprio patrimônio? Há em qualquer jornalista, apresentador ou repórter que se atrever a publicar fatos contra a própria emissora, a certeza absoluta da demissão sumária. Então não devemos mais usar o discurso da ética, da credibilidade, da imparcialidade porque não existem. É demagogia demais para que se acredite nela. Um show de hipocrisia que assistimos todos os dias e na ótica de quem assiste, fica a impressão de que só os artistas tem fatos a esconder, mas a realidade é exatamente o contrário; há mais nos bastidores do que se faz saber.
Obviamente que alguém poderia questionar-me a respeito do que estou dizendo. O que estou dizendo aqui não é novidade alguma, não escrevi nada aqui que a própria imprensa já não tenha publicado. Aliás, a todo instante alguma emissora divulga os podres de outra ou dos artistas, fato que atesta que não se pode dar credibilidade a nenhuma, visto que escondem a própria face para apontar a face alheia. Em se tratando de Brasil, não se poderia esperar que a credibilidade, a ética e a imparcialidade existissem além dos discursos jornalísticos inflamados diante das câmaras. Um País que escolhe os corruptos que irá denunciar, condenar e punir não pode falar em credibilidade. Infelizmente a cada dia temos o exemplo de que os cupins da corrupção consomem a madeira da nossa dignidade. São tantos a comerem dela que já não há esperanças de que possa restar um único pedaço que não tenha sido devorado por estas pragas infelizes.
Texto do escritor brasileiro Tony Casanova . Direitos Autorais reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele, sem autorização expressa do autor, sob pena de infração ás Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos Autorais.
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