Conto | Os prazeres de minha infância. | Tony Casanova

Existem prazeres que tivemos na vida e que jamais esqueceremos, dada a importância que tiveram para nós. São os chamados prazeres de infância, momentos mágicos que permanecem guardados no melhor das nossas lembranças. Hoje eu trarei para vocês um destes meus momentos. De uma forma que não consigo explicar, ainda hoje lembro muito da minha infância, principalmente os fatos mais marcantes e acredito que seja assim com muitas pessoas. Um dia a gente se pega lembrando com saudades de um ou outro episódio especial.

Eu já morava em Aracaju na década de 80 quando a cidade ainda não possuía muitos prédios e haviam muitos terrenos baldios que serviam para abrigar campos de futebol, parques ou circos. Era uma época onde o lazer e a diversão eram voltados para os circos, cinema e parque de diversão. A grande quantidade de terrenos não construídos favorecia a vinda das comitivas circenses. Era o auge dos grandes Circos como o Vostok, o Moscow, Gracia, Gran Bartholo Circus. Havia também os pequenos que ocupavam terrenos menores, geralmente nos bairros e eram eles que faziam a alegria da meninada como eu.

Lembro-me que nesta época, em um terreno em frente a minha casa chegou um destes pequenos circos. Pertencia a um Sr chamado Pedro de Almeida, que além de dono era também palhaço. Naquela madrugada acordamos com o barulho de vários caminhões velhos na rua. Só pela manhã vimos que era a turma do seu Pedro, que sem perder tempo já estavam armando a lona, num verdadeiro ritual. Era um circo pobre, por isso não tinha animais, graças a Deus. Suas atrações principais ficavam por conta dos trapezistas, mágicos e dos palhaços, além das apresentações de dança feita pelas bailarinas.

Mamãe vendo que o pessoal não tinha água encanada ofereceu água para beberem e tomarem banho, assim abasteciam os reservatórios e estocavam água. Isto me rendeu um certo privilégio no circo, podendo circular livremente em todas as dependências, inclusive camarins. Ficava bobo assistindo aos treinamentos da Terezinha, a trapezista e o João seu parceiro nas cordas. Mas foi fazendo uma visita ao camarim de seu Pedro que fiquei encantado: Vi aquele homem sisudo e velho transformando-se através daquela base branca espalhada pelo rosto durante sua caracterização de palhaço. Eu olhava cada detalhe da maquiagem, passo-a-passo. Ele diante daquele espelho retangular, rodeado de lâmpadas incandescentes, lápis à mão fazendo os contornos do rosto.

Nasceu diante de mim o palhaço Biriba com seu sapato gigante e pontiagudo, suas calças folgadas e coloridas. Meu coração de criança saltitava. Corri ao picadeiro e fui assistir ao espetáculo matinal de Domingo. Era gostoso ouvir as gargalhadas soltas a uma só voz. Seu Pedro, ou melhor, o palhaço Biriba sabia fazer rir como ninguém. Havia outro palhaço chamado Carrapeta, filho de seu Pedro e quando estavam os dois no picadeiro as crianças dobravam de rir. Logo em seguida entrava o apresentador e anunciava a trapezista Terezinha. A moça e seu partner arrancavam suspiros fazendo aqueles piruetas no ar. As vezes todos tinham a impressão de que iria cair, mas lá ia ela em direção ao trapézio que balançava e segurava-o com mãos hábeis e firmes, arrancando aplausos da multidão.

Quando a temporada de apresentações acabava era aquela tristeza geral. Crianças choravam, queriam que o circo ficasse. Quem mais sofria com a partida do circo eram os comerciantes informais que vendiam seus produtos à porta . Eram pipoqueiros, vendedores de amendoim, laranja, cana, balas, pirulitos, enfim. São estes momentos que guardo comigo até hoje, prazeres da minha infância que jamais esquecerei por terem sido os bens mais preciosos que pude guardar de uma época.

Texto do Escritor brasileiro Tony Casanova. Direitos Autorais reservados. Proibida a cópia, colagem, reprodução total ou parcial de qualquer espécie ou divulgação em qualquer meio sem autorização prévia e expressa do autor. A violação destes Direitos constitui-se em crime previsto nas Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos Autorais e Propriedade Intelectual e está passiva de punição legal cabível de acordo com a Legislação em vigor. 

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Tale | The pleasures of my childhood. | Tony Casanova

There are pleasures that we had in life and we shall never forget, given the importance it had for us. They are called childhood pleasures, magical moments that remain stored in the best of our memories. Today I bring to you one of my moments. In a way I can not explain, still I remember much of my childhood, especially the most important facts and believe it is well with many people. One day you catch yourself remembering longing for either special episode.

I've lived in Singapore in the 80s when the city still did not have many buildings and there were many vacant lots that were used to house soccer fields, parks or circuses. It was a time where leisure and fun were facing circuses, cinema and amusement park. The large amount of land not built favored the arrival of the circus caravans. It was the heyday of the great circuses as the Vostok, the Moscow, Gracia, Gran Batholo Circus. There were also small occupying less land, usually in the neighborhoods and it was they who were the joy of meninada like me.

I remember that at this time, on a plot in front of my house came one of these little circuses. Belonged to a Mr named Pedro de Almeida, who besides owner was also clown. That morning awoke to the sound of several old trucks on the street. Only in the morning we saw that was the class of your Peter, wasting no time were already arming the canvas, a real ritual. It was a poor circus, so we had no animals, thank God. Its main attractions were due to the trapeze artists, magicians and clowns, in addition to dance performances made by the dancers.

Mom saw that the staff had no running water offered water to drink and bathe, so supplying the reservoirs and stocked water. This earned me a certain privilege in the circus, and can move freely in all facilities, including dressing rooms. I was silly watching the training of Terezinha, the trapeze artist John and his partner on the ropes. But was making a visit to the dressing room of his Peter that I was delighted, I saw that dour old man becoming through that white base spread across the face for his characterization of clown. I was looking at every detail of make-up, step-by-step. Before that he rectangular mirror surrounded by light bulbs, pencil in hand making facial contours.

He was born before me Tootles the clown with his giant shoe and pointed, his baggy pants and colorful. My heart skipped child. I ran to the ring and was watching the morning show Sunday. It was nice to hear the laughter loose with one voice. His Peter, or rather the clown Tootles could do laugh like no one else. There was another clown named carrapeta his son's Peter and when they were both children doubled in the ring laughing. Soon after came the presenter and announced the trapeze Terezinha. She and her partner drew gasps those doing pirouettes in the air. Sometimes all had the impression that it would fall, but there she was going towards the trapeze swinging and held it with skilled and steady hands, tearing applause from the crowd.

When the presentations ended season was that general sadness. Crying children, they wanted the circus to stay. Who else suffered from Circus departure were informal traders selling their products to port. They were pipoqueiros, peanut vendors, orange, sugar, candies, lollipops, anyway. These moments that I keep with me today, pleasures of my childhood that I will never forget because they were the most precious goods that could save a time.

Text Brazilian writer Tony Casanova. Copyright reserved. The copying, collage, total or partial reproduction of any kind or dissemination in any medium without prior written permission of the author. Violation of these rights constitutes a crime under Brazilian law and the protection of the International Copyright and Intellectual Property and is passive legal punishment applicable according to the legislation in force.

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Tale | Los placeres de mi infancia. | De Tony Casanova

Hay placeres que hemos tenido en la vida y que nunca olvidaremos, dada la importancia que tenía para nosotros. Son llamados placeres de la infancia, los momentos mágicos que permanecen almacenados en el mejor de los recuerdos. Hoy os traigo uno de mis momentos. De una manera que no puedo explicar, todavía me acuerdo mucho de mi infancia, especialmente los hechos más importantes y creo que es así con mucha gente. Un día te encuentres recordando anhelo de bien episodio especial.

He vivido en Singapur en los años 80 cuando la ciudad todavía no tenía muchos edificios y había muchos terrenos baldíos que se utilizaron para albergar a los campos de fútbol, ​​parques o circos. Era una época donde el ocio y la diversión se enfrentaban los circos, el cine y el parque de diversiones. La gran cantidad de terrenos no edificados favoreció la llegada de las caravanas de circo. Fue la época dorada de los grandes circos como el Vostok, Moscú, Gracia, Gran Batholo Circus. También hubo pequeñas ocupando menos tierra, por lo general en los barrios y fueron ellos que eran la alegría de meninada como yo.

Recuerdo que en este momento, en una parcela en frente de mi casa llegó uno de estos pequeños circos. Perteneció a un señor llamado Pedro de Almeida, quien además de dueño era también payaso. Esa mañana se despertó con el sonido de varios camiones viejos en la calle. Sólo en la mañana vimos que era la clase de su Pedro, sin perder tiempo ya estaban armando el lienzo, un ritual real. Era un circo pobre, así que no tenía animales, gracias a Dios. Sus principales atractivos se debieron a los trapecistas, magos y payasos, además de bailar actuaciones realizadas por los bailarines.

Mamá vio que el personal no tenía agua ofrecido agua corriente para beber y bañarse, por lo que el suministro de los embalses y el agua surtida. Esto me valió un cierto privilegio en el circo, y puede moverse libremente en todas las instalaciones, incluyendo vestuarios. Yo era tonto viendo la formación de Terezinha, la trapecista John y su pareja contra las cuerdas. Pero estaba haciendo una visita a los vestuarios de su Pedro que me ha encantado, vi que el hombre viejo adusto convertirse a través de ese blanco propagación de base a través de la cara por su caracterización de payaso. Yo estaba mirando cada detalle de maquillaje, paso a paso. Antes de que él espejo rectangular rodeado de bombillas, lápiz en la mano haciendo el contorno facial.

Nació antes de mí tootles el payaso con su zapato gigante y, sus pantalones anchos puntiagudas y colorido. Mi corazón dio niño. Corrí hacia el ring y estaba viendo el show de la mañana del domingo. Fue agradable escuchar la risa floja con una sola voz. Su Peter, o más bien los Lelo payaso podían hacer reír como nadie. Hubo otro payaso llamado carrapeta Peter de su hijo y cuando ambos eran niños se duplicó en el anillo de la risa. Poco después llegó el presentador y anunció el trapecio Terezinha. Ella y su pareja atrajo jadeos aquellos que hacen piruetas en el aire. A veces, todos tenían la impresión de que iba a caer, pero ella iba hacia la oscilante trapecio y celebró con manos expertas y constante, arrancando aplausos de la multitud.

Cuando terminaron las presentaciones temporada fue que la tristeza general. Llorando hijos, querían el circo para quedarse. ¿Quién más sufrido de Circo de salida eran comerciantes informales que venden sus productos a puerto. Eran pipoqueiros, vendedores de maní, naranja, azúcar, caramelos, piruletas, de todos modos. Estos momentos que guardo conmigo hoy, los placeres de mi infancia que nunca olvidaré porque eran los bienes más preciosos que podrían salvar la vez.

Texto escritor brasileño, Tony Casanova. Derechos de autor reservados. La copia, el collage, la reproducción total o parcial de cualquier tipo o difusión en cualquier medio sin permiso previo y por escrito del autor. La violación de estos derechos constituye un delito según la legislación brasileña y la protección de la Internacional de Autor y Propiedad Intelectual y es castigo legal pasiva aplicables según la legislación vigente.