A dança e o cinema, pinturas de Almodóvar.


De tanto me perguntarem o porque do nome Tony Casanova eu resolvi começar a postar trechos referentes ao nascimento deste pseudônimo. A primeira razão da escolha foi uma homenagem ao personagem Giacomo Casanova, escritor e aventureiro Italiano. A segunda razão é a paixão pela Europa e seus encantos. Mas existem tantas outras razões escondidas e representadas neste pseudônimo. O que me encanta em todos os personagens que me inspiram é a aura mágica do teatro, a paixão vista como arte, os enigmas das capas e espadas, mas principalmente as mãos empunhando flores. Não posso esconder a fascinação que sinto ao assistir os filmes do Espanhol Pedro Almodóvar, sempre carregados na riqueza da linguagem sedutora, do encanto e da magia que somente os filmes produzidos por ele possuem. A visão artística dos fatos por Almodóvar é única, mágica e de um requinte máximo na tradução do que o cineasta criou e o que é representado pelos atores em cena. Imagino quão enorme e maravilhoso é o privilégio para um ator fazer um filme dele. Sem dúvida uma saborosa experiência, algo inesquecível para qualquer carreira. Agora se unirmos uma produção de Almodóvar com a atuação de Antonio Bandeiras teremos algo simplesmente indescritível! É este tipo de linguagem que me fascina, que me atrai e me inspira. Pedro Almodóvar é arte pura! Uma outra cena artística que me prende é a dança gitana Flamenco. Na minha opinião dançar Flamenco nem se resume a dançar, mas produzir a arte no próprio corpo. Associando as duas artes, creio que os filmes de Almodóvar são rodados como se fosse corpos a dançar Flamenco. O tango, uma dança de origem Argentina me arremete aos mesmos sonhos e pelo fato dos latinos em sua maioria falarem o espanhol, neste ponto eu me rendo. O tango é uma herança cultural fortíssima deixada para o mundo, não é dança apenas, mas teatro, é paixão, é arte! O cinema divide a riqueza do imaginário do autor, a sensibilidade e competência do ator com a receptividade do público. Num cenário onde prevalece a imagem muito antes do som, é nas imagens que Almodóvar consegue transmitir com força e precisão sua visão de artistas, mas seu trabalho se completa com a destreza na escolha de atores, sonoplastia e ângulos fotográficos, como se o cineasta pretendesse pintar uma imensa tela usando apenas os olhos como pincéis. Fiquei encantado com Antonio Bandeiras atuando como Zorro, um outro personagem que me inspira, assim como Casablanca e Don Juan. Eu diria que se Tony Casanova deixasse de ser apenas um pseudônimo e pudesse ser pintado, ele teria a aparência física e a mesma expressão de Antonio Bandeiras. Não escondo que tenho paixão pela cultura hispânica, sou seduzido pela Europa e que capas e espadas sempre foram símbolos tão fortes nas paixões quanto as flores. Assim como no Flamenco ou no Tango Argentino, nas Touradas, nas Salsas, Rumbas e Lambadas existe a forma mais explícita da paixão nos movimentos e nas expressões corpo-faciais, nos filmes de Pedro Almodóvar é possível exalar o mais puro e gostoso aroma da arte.

Texto de Tony Casanova - Direitos Autorais reservados ao autor.
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