O som dos meus pensamentos, povoados de figuras de estilo, me conduz a Castro Alves, o poeta dos escravos. Também eu me aborreço com a tosa das liberdades e ainda que fraco, solto meu grito rouco esperando que ele possa ecoar aos quatro cantos. Castro Alves gritava em seus versos os gritos dos negros no açoite, deles se compadecia e os defendia atacando com poemas dilacerantes todos os escravocratas de seu tempo. Negro de verso e alma, corpo e atitudes, o poeta dos escravos hoje descansa, mas seus versos ainda grita e seu grito permanece forte como antes. O poeta, cujos versos eram espadas que desejavam cortar as correntes e promover a alforria geral, colocou sua arte, sua voz e sua vida a disposição dos negros do seu povo. Armado de inteligência e munido de um espírito guerreiro incansável e imbatível, ele combateu a escrevidão e seus poemas certamente não só ajudaram a libertar um povo oprimido, mas a inspirar e libertar vários autores que admiravam a coragem do seu estilo e a ousadia dos seus versos.
Texto de Tony Casanova - Direitos Autorais reservados ao autor.
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