Os toques eram suaves, ora dos dedos, ora das mãos. Tocava-se nos seios, na nuca e nas intimidades sempre soltando exclamações de desejo. Estava sendo a loba, a fera que nunca fora controlada e que adormecia por um tempo, mas sempre ressurgia forte, cada vez mais forte. Desejava aquilo como se fosse o ar. Queria sentir-se como se seu corpo ansiasse a intimidade solitária, a vontade de possuir-se sem limites. Queria entregar-se a si mesma, sentir o que lhe era proibido e necessário. Por uns dias voltou-se á vida cotidiana como se tudo não passasse de um sonho escandaloso. Recriminou-se pela conduta, mas ao mesmo tempo sentiu o conforto de manter-se em segredo e guardar tudo consigo. Foram alguns dias apenas. Já não lhe era preciso muito para que o fogo se acendesse e as chamas lhe consumissem as partes íntimas. Tomada pelo furor, buscou banhar-se para esfriar seus ânimos, mas nada parecia dar certo. Aquela inquietação apenas aumentava e lá ia ela aquecer-se nas carícias, explorar-se com os dedos e contorcer-se de prazer e loucura. Ela sabia que por mais que tetasse fugir, jamais conseguiria livrar-se das suas vontades de fêmea, dos seus desejos de loba. Enquanto refugiava-se nas deliciosas carícias, mergulhava no profundo mar de sensações fortes e prazerosas para só então despertar dos seus sonhos de loba.
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***Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com fatos reais terá sido mera coincidência.
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