Um relacionamento perfeito e cheio de amor e carinho é um sonho comum, mas é algo que mais está para adolescentes do que para pessoas maduras e com experiência de vida. É claro que amadurecemos perseguindo este sonho, mas quantos outros sonhos deixamos para trás por termos descoberto que eram impossíveis? Hoje muita gente já deixou de pensar em encontrar seu “Príncipe Encantado”, porventura quantas outras ainda não amadureceram e continuam acreditando nisso? Quantas já acreditaram?
Hoje nós sabemos
que seres perfeitos não existem, somos humanos tentando
relacionar-se e não há possibilidade de encontrarmos alguém com
“erro zero” e diante da remotíssima possibilidade, digamos que
absurda de encontrarmos alguém assim, nós estaríamos à altura de
alguém que estivesse neste nível? Obviamente que não porque esta é
a máxima dos relacionamentos; enquanto um estiver apto ao momento do
erro, o outro deve estar apto ao momento do perdão. Isto é a
manifestação do amor. E a saber não é só o perdão, mas também
a paciência quando faltar a calma, o entendimento quando se
desentenderem, a mansidão quando houver a agressividade, o
entendimento quando houver dúvidas, o perdão quando houverem
ofensas e mágoas, enfim este é o amor.
Em uma relação
haverão bons momentos, claro, mas também haverão momentos em que
precisaremos provar que realmente amamos praticando as virtudes
acima. Não devemos considerar como perfeitos apenas os momentos em
que tudo dá certo, aqueles em que damos e recebemos carinho, prazer
e gentilezas. Todos os momentos em uma relação são perfeitos e são
úteis para que provemos aquilo que sentimos, o que somos capazes de
fazer pelo outro. É preciso entendermos que são duas pessoas que
pensam diferentes e que muitas vezes possuem gostos opostos, desejos
desiguais, por isso há dificuldade nos momentos em que é preciso
optar por esta ou aquela decisão.
Nos relacionamentos
modernos e isto não é de agora, saibam, existe uma guerra fria
estabelecida por indivíduos com o pretexto de obter “igualdade”
de condições e direitos. É importante que saibamos que no amor
esta igualdade já existe, mas não inocenta ninguém pelo “direito”
de errar apenas pelo erro do outro. Um erro é sempre um erro, não
importa quem o tenha cometido, mas multiplicar erros, isto sim é
condenável. No amor estamos corretíssimos quando, diante dos erros,
buscamos soluções, mas se invés disso exigirmos o direito de também
errar na mesma medida, nos tornaremos ainda piores que aquele que
errou.
Ninguém irá
resolver relacionamentos buscando culpados, mas buscando soluções.
Se realmente houver disposição, meios serão encontrados para
reparar o que foi feito e o tempo fará o restante. Aquilo que
consideramos errado deve nos puxar à responsabilidade de
corrigirmos, repararmos de forma a não deixar vestígios. Voltando à
questão dos sonhos e dos “Príncipes Encantados”, estes sonhos
quando invertidos tem produzido um efeito péssimo nas pessoas e dado
a elas o hábito de descartarem relações para seguir em busca da
perfeição em outros. Príncipes ou princesas, reinos encantados,
fadas, bruxas e cucas devem permanecer nas fábulas e nunca
saírem dali. Devemos abrir os olhos e fazer sempre a nossa parte para
solidificarmos nossos relacionamentos sem que ninguém escreva isso
para nós. Os problemas surgirão como mágica, mas é com a
realidade que devemos lidar com eles e procurar resolvê-los, do
contrário só provaremos a nossa incompetência para entender e
gerir conflitos.
Texto do Escritor
brasileiro Tony Casanova. Direitos Autorais reservados. Proibida a
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