Brinquedos novos. [Tony Casanova]


Lembro-me de quando criança, um fato que me marcou e marca até. Eu tinha por volta de doze anos, mamãe me levou à casa de uma família onde ela havia trabalhava. Família que possuía uma vida estável, mas pessoas muito simples e que gostavam muito da D. Mira, minha mãe. Fomos convidados a ir recolher uns brinquedos para doarmos em um evento que reuniria crianças pobres na época do Natal. Lá chegando eu observei que alguns brinquedos estavam seminovos, perfeitos. Mamãe fez a mesma observação, então ela perguntou a dona da casa: - Estes brinquedos estão novos, tem certeza de que pretende doar sem que seu filho dê por falta e os queira de volta? Ela respondeu: - Não D. Mira, criança é assim mesmo, ele já nem liga mais pra estes. Quando ganhou não largava, mas ai demos novos brinquedos e ele largou tudo de mão. Diante disso mamãe tornou a perguntar: - Mas ele não brinca mais com estes? A senhora respondeu: - Ele brinca ainda, mas é pouco, prefere os brinquedos novos. Se a senhora levar ele nem vai perceber.
Recolhemos os brinquedos e fomos fazer a doação. No dia 24 de Dezembro, época em que seriam entregues os brinquedos nós fomos ao evento como convidados. Eu e mamãe pudemos ver o brilho nos olhos das crianças ao receberem os seus brinquedos. Uma festa. Retornamos para casa felizes por ter proporcionado um pouco de alegria para aqueles meninos. Nossa vida seguiu normal e em cada ano que passava, ao aproximar-se a época de Natal fazíamos o mesmo; recebíamos o convite e pegávamos os brinquedos nas casas para fazer a doação. Repetia-se aquela alegria de sempre; crianças felizes, sorridentes e os brinquedos que para elas eram novos. Gostoso ver como cada um saía agarrado ao seu brinquedo como se fosse um filho. Fizemos isso até que mamãe adoeceu e no ano seguinte piorou quando perdeu os movimentos dos membros superiores e inferiores. Vi mamãe tornar-se dependente de mim de uma forma que me causava desespero ver as lágrimas rolarem nos seus olhos.
Um dia, enquanto eu lhe servia o café da manhã resolvi conversar sobre aqueles tempos dos eventos natalinos e daqueles crianças felizes quando recebiam os brinquedos novos. Ficamos um tempo bom conversando e rindo muito. Eu lembrei então do episódio daquela senhora que fez a doação dos brinquedos novos enquanto dizia que crianças são assim mesmo, brincam, brincam e quando chega brinquedo novo, largam o antigo e já nem lhe dão importância. Percebi que ao tocar no assunto mamãe começou a chorar. Perguntei-lhe porque estava chorando e ela séria, me disse:

Filho, não são só as crianças que abandonam o brinquedo quando recebem um novo. Eu vivi imaginando que não fosse brinquedo. Que não seria trocada, infelizmente teu pai me trocou por um brinquedo novo.

Eu ouvi e apenas a abracei. Sabia que não tinha que interferir nas suas mágoas. Nada do que eu dissesse poderia amenizar a sua dor. Ouvi e calei. Confesso não ter entendido bem a situação na época, mas jamais esqueci aquelas palavras. Exatamente como descrevi aqui. Mais uma vez D. Mira deu um jeito de dar-me uma lição preciosa de vida, abrindo-me os olhos para a realidade. Fico hoje analisando suas palavras e percebendo o quanto de verdade elas continham. O fato ocorreu há mais de trinta anos, mas o fato é que ainda hoje muitas crianças ainda desprezam seus brinquedos usados quando lhes chega um novo.

Texto do escritor brasileiro Tony Casanova . Direitos Autorais reservados ao autor. Proibida a cópia, colagem, reprodução de qualquer natureza ou divulgação em qualquer meio, do todo ou parte dele, sem autorização expressa do autor, sob pena de infração ás Leis Brasileiras e Internacionais de Proteção aos Direitos Autorais.

..............................................................................................................

New toys. [Tony Casanova]

I remember as a child, a fact that struck me and mark up. I was about twelve years old, my mother took me to the house of a family where she had worked. Family had a stable life, but people very simple and very fond of D. Mira, my mother. We were invited to go collect some toys we give in an event that would bring together poor children at Christmas time. Once there I noticed that some toys were dealers, perfect. Mom made the same observation, so she asked the lady of the house: - These toys are new, are you sure you want to donate but his son give for lack and want back? She replied: - No D. Mira, child is like that, he's not even care more for these. When he won would not let go, but then gave new toys and he dropped everything to hand. Therefore mother asked again: - But he does not play more with these? The lady replied: - He plays yet, but is little, prefer the new toys. If you take it will not even notice.
     Collect toys and we make the donation. On December 24, at which time the toys we went to the event as guests would be delivered. Me and Mom could see the sparkle in the eyes of children to receive their toys. A party. We returned home happy to have provided a bit of joy to those boys. Our life followed the normal and each passing year, when approaching the Christmas season we did the same; we received the invitation and we took the toys in boxes to make the donation. Was repeated the joy of always; happy, smiling children and toys for them were new. Yummy see how each left clinging to his toy like a child. We did this until Mom got sick and the following year became worse when he lost the movements of the upper and lower limbs. I saw mommy become dependent on me in a way that caused me despair see the tears roll in your eyes.
      One day, while I was serving him breakfast I decided to talk about those times of Christmas events and those happy children when they received the new toys. We were a good time talking and laughing a lot. I remembered then the episode that lady who made the donation of new toys while saying that children are like that, play, play and when you get new toy, drop out the old and do not even give it importance. I realized that when you touch the subject mother began to cry. I asked her why she was crying and serious, told me:

Son, are not only children who leave when they receive a new toy. I lived imagining that were not toy. It would not be changed, unfortunately your father left me for a new toy.

       I heard and just hugged. He knew he did not have to interfere with your sorrows. Nothing I said could ease your pain. I heard and kept silence. I confess to not understood the situation at the time, but I never forgot those words. Exactly as described here. Again D. Mira found a way to give me a valuable life lesson, opening my eyes to the reality. I am now analyzing his words and realizing how much truth they contained. The incident occurred more than thirty years, but the fact is that today many children still despise her toys used when it comes to them a new one.

       Text Brazilian writer Tony Casanova. Copyright reserved to the author. The copying, collage, reproduction or disclosure of any kind in any medium, in whole or part without the express permission of the author, under penalty of infringement ace Brazilian Laws and International Protection of Copyright.

..............................................................................................................

Nuevos juguetes. [A Tony Casanova]

Recuerdo que cuando era niño, un hecho que me llamó la atención y marca para arriba. Yo tenía unos doce años, mi madre me llevó a la casa de una familia en la que había trabajado. Familia tenía una vida estable, pero la gente muy sencilla y muy aficionado a D. Mira, mi madre. Nos invitaron a ir a recoger algunos juguetes que damos en un evento que reunirá a los niños pobres en Navidad. Una vez allí me di cuenta de que algunos juguetes eran distribuidores, perfecto. Mamá hizo la misma observación, así que le preguntó a la señora de la casa: - Estos juguetes son nuevos, ¿estás seguro de que deseas donar pero su hijo dar por falta y quiere volver? Ella respondió: - No D. Mira, niño es así, que ni siquiera está importaba más por estos. Cuando ganó no dejar ir, pero luego dio nuevos juguetes y él dejó todo a mano. Por lo tanto, la madre volvió a preguntar: - Pero él no juega más con estos? La señora respondió: - Todavía juega, pero es poco, prefieren los juguetes nuevos. Si toma no se dará cuenta.
     Recoger los juguetes y hacemos la donación. El 24 de diciembre, momento en el que los juguetes que nos fuimos al evento como invitados serían entregados. Yo y mamá podía ver el brillo en los ojos de los niños a recibir sus juguetes. Un partido. Volvimos a casa feliz de haber proporcionado un poco de alegría a los niños. Nuestra vida siguió el normal y cada año que pasa, cuando se acerca la temporada de Navidad hicimos lo mismo; recibimos la invitación y nos llevó a los juguetes en cajas para hacer la donación. Se repitió la alegría de siempre; felices, sonrientes niños y juguetes para ellos eran nuevos. Delicioso ver cómo cada uno ha dejado aferrado a su juguete como un niño. Hicimos esto hasta que mamá se enfermó y al año siguiente se convirtió en peor cuando perdió los movimientos de las extremidades superiores e inferiores. Vi a mamá vuelva dependiente de mí de una manera que me hizo desespero ver el rollo de las lágrimas en sus ojos.
      Un día, mientras le servía el desayuno, me decidí a hablar de aquellos tiempos de los eventos de Navidad y los niños felices cuando recibieron los juguetes nuevos. Estuvimos un buen rato hablando y riendo mucho. Recordé entonces el episodio de esa señora que hizo la donación de juguetes nuevos, mientras que opinan que los niños son así, jugar, jugar y cuando llegas nuevo juguete, la caída de la vieja y ni siquiera le dan importancia. Me di cuenta de que cuando toque la madre sujeto comenzó a llorar. Le pregunté por qué estaba llorando y serio, me dijo:

Hijo, no son sólo los niños que abandonan cuando reciben un juguete nuevo. Viví imaginar que no estaban juguete. No sería cambiado, por desgracia su padre me dejó por un juguete nuevo.

       He oído y sólo abracé. Sabía que no tenía que interferir con sus penas. Nada de lo que dijo podría aliviar su dolor. He oído y he callado. Confieso que no se entiende la situación en el momento, pero nunca me olvidé de esas palabras. Exactamente como se describe aquí. Nuevamente D. Mira encontró una manera de darme una lección valiosa de la vida, abriendo los ojos a la realidad. Ahora estoy analizando sus palabras y darse cuenta de cuánta verdad que contenían. El incidente ocurrió hace más de treinta años, pero lo cierto es que hoy en día muchos niños aún desprecian sus juguetes usados cuando se trata de ellos una nueva.

       Texto escritor brasileño, Tony Casanova. Derechos de autor reservados al autor. La copia, collage, reproducción o divulgación de cualquier tipo en cualquier medio, total o parcialmente, sin el permiso expreso del autor, bajo pena de infracción as leyes brasileñas y Protección Internacional de los Derechos de Autor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é muito importante. Obrigado por comentar. Todos os comentários serão moderados e liberados assim que forem aprovados. Comentários sem identificação serão excluídos.